terça-feira, 7 de abril de 2009

Força feminina



Ultimamente alguns amigos tem me rotulado má. Mas entendam o sentido da maldade...


Já há um tempo tenho tido a consciência de minhas limitações, das minhas permissões, das coisas pelas quais nem eu e nem ninguém temos que passar. Por isso e por outros motivos não permito que tripudiem de mim. Não permito e nem aturo a presença de pessoas de coração leviano, principalmente quando essas pessoas tem uma ligação afetiva e direta comigo.


Minhas decisões são, de acordo com o mal que possam me fazer, irrevogáveis! Isso não é ser má, é ser consciente do que quero ou não pra minha vida.


Não sei se é uma questão de sorte, mas nos últimos tempos não tenho tido relacionamentos duradouros. As pessoas que estão mais próximas a mim apostam que é culpa da minha intolerância. Mas, será que ser intolerante é não permitir que me façam mal? É não permitir a meu lado alguém que não confia em mim? É por fim a um relacionamento que era mais amizade que namoro propriamente, porque o outro ainda estava preso a acontecimentos do passado (diga-se de passagem, dele)? É não aceitar traição? É recusar aquelas famosas e descabidas "desculpas esfarrapadas"? É não permitir ser tratada de maneira hostil?


Recuso-me a aceitar quaisquer desses fatos. Recuso o rótulo a mim imputado. Acredito que se algumas mulheres levassem em consideração meus questionamentos sofreriam menos, amariam-se mais e iriam passar por menos situações que as machucassem. Bastaria, para isso, entenderem o verdadeiro valor que tem; suas verdadeiras virtudes e sofrer seria uma opção; um verdadeiro "antes ele do que eu"; antes eles do que nós, mulheres que nos amamos e precisamos entender o verdadeiro papel que nos cabe, pois Amélia, para mim, nunca foi uma mulher de verdade e as de Atenas, jamais um exemplo ao qual nos mirássemos.


Quer meu amor, pois bem, respeito é bom e eu gosto! Não ouse subestimar meus instintos; não queira brincar com o que sinto; não espere que eu passe a gostar de dobradinha porque é seu prato predileto; não espere que eu seja mais você do que eu e me transforme naquilo que você gostaria que eu fosse; não me peça pra aturar gente hipócrita, falsa, só porque é seu(a) amigo(a). Em troca eu aceito que você ouça aquela música horrível; que continue comendo o que quer. Eu serei íntegra, honesta, amiga, companheira; até chorarei se sentir saudades; oferecerei meu colo e meu sorriso quando perceber que verdadeiramente querem minha presença; entrego-me por inteira, sem meias verdades ou representações teatrais, falsamente idealizadas por um estereótipo que não convence.


Se isso é ser má, quero que saibam que prefiro as vaias que irritam, a lição que melhora ao falso ruído de aplausos que lisonjeia.


E continuarei a ser forte, como poucas ousaram ser!