quinta-feira, 11 de abril de 2013

Quando a honestidade mostra a cara



Na terça-feira (05.04), em meio a um frenesi louco de trabalho, andando de um lado a outro pra resolver coisas, certa hora peguei meu telefone pra ligar e percebi que não tava comigo. Desespero! Em fração de segundos a gente pensa na agenda, nas fotos e...claro, nas parcelas do maldito aparelho que pobre compra em 3.634 prestações. Liguei pros lugares por onde passei e...nada. Liguei pro meu número: "alô! Oi, acabei de encontrar esse telefone no chão, na porta do... e gostaria de devolver"
Nos tempos de hoje, o primeiro pensamento foi: "puta merda! tô lisa! Vou ser extorquida! E agora, quem vai me devolver a troco de nada?"
- Olha, tô no meu trabalho, que fica no endereço....
Mais medo.
- Rodrigo Santos, vai lá por favor! Só pode ser casinha
- Bora lá junto
- Tá beleza!
Chegamos no local informado e lá encontramos...Dona Dirce com meu telefone nas mãos. Abriu um sorriso e imediatamente contou como encontrou o foragido da minha bolsa.
Nada me pediu
Eu, claro, agradeci milhões de vezes e disse que o mundo precisava de gente como ela. Deixei um agrado (não monetário. Como falei, tava lisa) que ela, envergonhada, agradeceu mais a mim que eu a ela.
Palmas para Dona Dirce (clap clap clap) que deu um tapa na cara da minha desconfiança e uma lição que serve para todos.
Dona Dirce não tem Face, mas tem face, tem aquela cara da honestidade que anda tanto em falta por aí. Devolveu-me não somente o celular, mas um fio de esperança.
Dona Dirce, sua linda!