Só...tu sabes o quanto do quântico galático, esforço elástico do sábio simpático caído ao chão.
Do maracatu mais improvisado.
Do tempo ao templário do gosto etário otário Simbá que salvou a nação.
Quem viu vendo, viveu vivendo, plantando e colhendo o fruto frutífero do chão.
Olhando, cheirando e lambendo sabão, engá e minha mão.
Matemática, simpática tática estática na mente do irmão.
Glossário de palavras claras e raras com águas nas jarras.
Limão da mangueira, feijão da ribanceira, canção de roncar pra lá e pra cá.
Sem ter pra poder dar.
Como um cio ciumento de alguém que, se tremendo, não soube falar o refrão.
Refrão:
Ferrão do zangão, irmão de Sansão, morando em Cubatão, descobriu ser inserido na serra da cigarra que levou uma furada do cumpadre escorpião.
Tu sabes...
Não. Eu não estou louca! Isso aí em cima foi um "poema" que um ex-namorado escreveu pra mim há anos, em mil novecentos e virgindade. Ele escrevia muito bem, poemas inclusive, e eu no auge de minha carência pedi que fizesse um pra mim. Como também era um ótimo gozador, mandou manuscrito pela cunhada em um papel de carta que pós-mortem relação eu rasguei aborrecida (coisas de adolescente). E adiantou? Ele ficou tatuado na minha memória. Pois é, lembrei dele esses dias porque ando meio aborrecida, sabe...
- Sim, Claudiana, mas o que o "poema" tem a ver com o teu aborrecimento?
Cansaço!
Cansei de indiretas floridas e cheias de neologismos, aspas, ambiguidades, "prolixismos" e teorias freudianas direcionadas a mim e aos meus. Prefiro o escracho de textos despretensiosos como este que, aparentemente nada dizem, e dão seu recado. Não é de hoje que sabemos que atos dizem mais que palavras, não é? É tão velho quanto o texto do moço.
Há na escrita a máxima que diz que é necessário considerar princípios de relevância entre o que deve ser dito e o que deve ser economizado em palavras pra que não tenhamos um texto enfadonho. Talvez seja por isso que curto crônicas. Elas vêm, dizem o que têm pra dizer e em poucas linhas se vão.
Simples assim.
Tu sabes...