"E foi, foi, foi...foi bom e pra sempre será.
Mais, mais, mais, maravilhosamente...amar"
(Leila Pinheiro)
Ontem me veio à cabeça o verbo amar e aquela frase já ouvida tantas vezes: "A gente só ama uma vez". Eu não concordo com ela: ba-le-la. Ama-se várias vezes, pelas diversas maneiras que se tem de amar.Ama-se por afinidade. Ama-se por familiaridade. Ama-se por amizade. Ama-se por divindade. Ama-se por jeito, por gestos, pelo simples fato de se saber amar.Ama-se porque se foi amado e se aprendeu a amar.Ama-se pela incerteza do amanhã.Ama-se sem enxergar, sem escutar, ignorar.Ama-se por se fazer bem, e até mesmo por não fazer.Ama-se pelo que o amor tem de indefinível.Ama-se simplesmente por sexo, carne, calor, suor, a tal da química.Ama-se por um furinho no queixo, por um rostinho bonito, por um corpo escultural, por um charme, um sorriso, um olhar.Ama-se por personalidade. Ama-se por caráter. Ama-se por se admirar.Ama-se por um cheiro. Ama-se por um sabor.Ama-se pelo que se ouviu, pelo que se sentiu, pelo que se viveu e vive e sente e ouve.Ama-se por liberdade e também por prisão.Ama-se pelo sim e por se saber do não.Ama-se, absurdamente, sem se saber porquê.Ama-se sem motivos, graças a Deus!Mas, nunca, jamais, haveremos de deixar de amar ou de conjugar o verbo amar.Amaremos sempre e muito, o que nos for conveniente amar.E todas as vezes serão verdadeiras e únicas.