Hoje a fonte vai marrom, como meu dia começou, atropelado pelos amores da minha vida que desde as primeiras horas deste dia não me deram motivos pra comemorar. Talvez sejam coisas da vida e seus atropelos mas, incrivelmente isso me ocorre há pelo menos 3 anos. Fico me perguntando se é por conta de algum ciclo que está se fechando, alguma mensagem que Papai do Céu está me passando. Não sei.
Algumas pessoas me parabenizaram e o dia ainda estána metade. mas está miúdo, pequenininho, acuado...
Vamos esperar, vamos viver. Deus sabe o que fazer de mim, da minha vida. Entrego a Ele o meu dia. Que assim seja.
Amém.
Clau Soares
terça-feira, 17 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
O inacabado que há em mim
Eu me experimento inacabado. Da obra o rascunho. Do gesto o que não termina.
Sou como o rio em processo do vir a ser. A confluência de outras águas eo encontro com filhos de outras nascentes o tornam outro. O rio é a mistura de pequenos encontros. Eu sou feito de águas, muitas águas. Também recebo afluentes e com eles me transformo.
O que sai de mim cada vez que amo? O que em mim acontece quando me deparo com a dro que não é minha, mas que pela força do olhar que me fita vem morar em mim? Eu vivo para saber. O que do outro recebo leva tempo para ser decifrado. O que sei é que a vida me afeta com seu poder de vivência. Empurra-nme para reações inusitadas, tão cheias de sentidos ocultos. Cultivo em mim o acúmulo de muitos mundos.
Por vezes o cansaço me faz querer parar. Sensação de que já vivi mais de que meu coração suporta. Os encontros são muitos; as pessoas também. As chegadas e partidas se misturam e confundem o coração. É nesta hora que me pego alimentando sonhos de cotidianos estreitos, previsíveis.
Mas quando me enxergo na perspectiva de selar o passaporte e cancelar as saídas, eis que me aproximo de uma tristeza infértil.
Melhor mesmo é continuar na confluência de confluências futuras. Viver para sorver os novos rios que virão. Eu sou inacabado. Preciso continuar.
Se a mim for concedido o direito de pausas repositoras, então já anuncio que eu continuo na vida.
A trama de minha criatividade depende deste contraste, deste inacabado que há em mim. Um dia sou solidão; no outro sou solidão. Não quero ser multidão todo dia. Num dia experimento o frescor da amizade; no outro a febre que me faz querer ser só. Eu sou assim. Sem culpas.
Pe. Fábio de Melo
Sou como o rio em processo do vir a ser. A confluência de outras águas eo encontro com filhos de outras nascentes o tornam outro. O rio é a mistura de pequenos encontros. Eu sou feito de águas, muitas águas. Também recebo afluentes e com eles me transformo.
O que sai de mim cada vez que amo? O que em mim acontece quando me deparo com a dro que não é minha, mas que pela força do olhar que me fita vem morar em mim? Eu vivo para saber. O que do outro recebo leva tempo para ser decifrado. O que sei é que a vida me afeta com seu poder de vivência. Empurra-nme para reações inusitadas, tão cheias de sentidos ocultos. Cultivo em mim o acúmulo de muitos mundos.
Por vezes o cansaço me faz querer parar. Sensação de que já vivi mais de que meu coração suporta. Os encontros são muitos; as pessoas também. As chegadas e partidas se misturam e confundem o coração. É nesta hora que me pego alimentando sonhos de cotidianos estreitos, previsíveis.
Mas quando me enxergo na perspectiva de selar o passaporte e cancelar as saídas, eis que me aproximo de uma tristeza infértil.
Melhor mesmo é continuar na confluência de confluências futuras. Viver para sorver os novos rios que virão. Eu sou inacabado. Preciso continuar.
Se a mim for concedido o direito de pausas repositoras, então já anuncio que eu continuo na vida.
A trama de minha criatividade depende deste contraste, deste inacabado que há em mim. Um dia sou solidão; no outro sou solidão. Não quero ser multidão todo dia. Num dia experimento o frescor da amizade; no outro a febre que me faz querer ser só. Eu sou assim. Sem culpas.
Pe. Fábio de Melo
domingo, 8 de novembro de 2009
Aniversariar.
Por mais que eu tente ignorá-lo, ele chegou, novembro, mês do meu 31º aniversário. Aí vem aquela eterna e longa história de fazer um balanço...
Bom, pra começra é muito tempo, né gente? Imaginem 31 anos passados em sua vida??? E quando se morre ainda dizem: "morreu tão nova". Imagina! Não por mim. Quem me conhece sabe que não pretendo morrer velha; sabem que tenho total aversão a dor e sei das "oses" (artroses, osteoporoses...), enfim... além do mais eu não terei herdeiros a deixar: nem marido, nem filhos então, pra que envelhecer??? Deixe estar que quem me conhece também sabe do meu sempre estado de felicidade. Se morresse hoje eu morreria feliz! E isso é tão real que já comecei a formular meu "testamento". hehehe, minhas amigas que o digam! Meus poucos pertences já estão todos destinados, inclusive os livros, meus bens peciosíssimos!
É isso ai... como eu achei que ia ser... eu cumpri até hoje o curso normal das coisas: nasci em uma família pouquíssimo abastada e isso foi essencial como o que é invisível aos olhos; cursei letras e multipliquei minha paixão por elas; tive os namorados que quis, pelo tempo que quis e do jeito que quis; emancebei e separei na hora exata! Nada de arrependimentos; cultivei os melhores amigos, e os piores também, eles também são fundamentais; sou a tia mais coruja do sistema solar graças a Monise (meu anjo) e Stefany (minha Sophia); conheci o Rio de Janeiro, que era sonho inatingível de infância e me apixonei perdidamente; rio todos os dias da vida ou de mim mesma; evolui quinhentos anos em 31; dancei sob a chuva; tomei sangue de boi ao som de violão na beira do rio; amanheci tomando caipirinha em cuia de tacacá em plena praça da República (tá vendo, se nada der certo já posso virar hippie por experiência); joquei cemitério em rua de lazer na Humaitá; dei a primeira vez pra quem quis, pra quem escolhi, aliás todos que apontei e quis eu tive (desculpa ai); malhei inutilmente e desisti de tentar emagrecer; sai de casa; curti junhos de pavulagem; tomei água de coco olhando o rio em icoaraci; paguei uma fortuna pra andar de boia no Beach Park (morro de medo de altura!); Andei de jangada, de canoa, de barco, de bugre, de ônibus, de avião e nas nuvens; revi velhos conhecidos; morri de saudade e de preguiça; gritei músicas favoritas sob olhares estarrecidos no trânsito de Belém; Assisti ao sol se por em todas as cores do trapiche do Mormaço, das dunas de Salinas, da Baía do Sol, do Conde, das pedras do Arpoador, em espetáculos inesquecíveis; chorei de rir e de raiva; nunca deixei pra depois, sou do agora ou do nunca; vivo entre extremos irreversíveis; assistir a meus shows e filmes favoritos; sempre revejo meus conceitos; sempre revejo meus amigos...
São tantas coisas que me completam, que me fazem estar nesse estado de felicidade constante que se eu colocasse mais coisas aqui aumentaria o número de invejosos, se tiverem o despropósito de ter acesso a esta página.
O que posso dizer, enfim, é que há 31 anos eu sou a cada dia, mais e mais feliz!
"Dê-me um ponto de apoio e moverei o mundo"
Beijos e queijos
Clau Soares
Bom, pra começra é muito tempo, né gente? Imaginem 31 anos passados em sua vida??? E quando se morre ainda dizem: "morreu tão nova". Imagina! Não por mim. Quem me conhece sabe que não pretendo morrer velha; sabem que tenho total aversão a dor e sei das "oses" (artroses, osteoporoses...), enfim... além do mais eu não terei herdeiros a deixar: nem marido, nem filhos então, pra que envelhecer??? Deixe estar que quem me conhece também sabe do meu sempre estado de felicidade. Se morresse hoje eu morreria feliz! E isso é tão real que já comecei a formular meu "testamento". hehehe, minhas amigas que o digam! Meus poucos pertences já estão todos destinados, inclusive os livros, meus bens peciosíssimos!
É isso ai... como eu achei que ia ser... eu cumpri até hoje o curso normal das coisas: nasci em uma família pouquíssimo abastada e isso foi essencial como o que é invisível aos olhos; cursei letras e multipliquei minha paixão por elas; tive os namorados que quis, pelo tempo que quis e do jeito que quis; emancebei e separei na hora exata! Nada de arrependimentos; cultivei os melhores amigos, e os piores também, eles também são fundamentais; sou a tia mais coruja do sistema solar graças a Monise (meu anjo) e Stefany (minha Sophia); conheci o Rio de Janeiro, que era sonho inatingível de infância e me apixonei perdidamente; rio todos os dias da vida ou de mim mesma; evolui quinhentos anos em 31; dancei sob a chuva; tomei sangue de boi ao som de violão na beira do rio; amanheci tomando caipirinha em cuia de tacacá em plena praça da República (tá vendo, se nada der certo já posso virar hippie por experiência); joquei cemitério em rua de lazer na Humaitá; dei a primeira vez pra quem quis, pra quem escolhi, aliás todos que apontei e quis eu tive (desculpa ai); malhei inutilmente e desisti de tentar emagrecer; sai de casa; curti junhos de pavulagem; tomei água de coco olhando o rio em icoaraci; paguei uma fortuna pra andar de boia no Beach Park (morro de medo de altura!); Andei de jangada, de canoa, de barco, de bugre, de ônibus, de avião e nas nuvens; revi velhos conhecidos; morri de saudade e de preguiça; gritei músicas favoritas sob olhares estarrecidos no trânsito de Belém; Assisti ao sol se por em todas as cores do trapiche do Mormaço, das dunas de Salinas, da Baía do Sol, do Conde, das pedras do Arpoador, em espetáculos inesquecíveis; chorei de rir e de raiva; nunca deixei pra depois, sou do agora ou do nunca; vivo entre extremos irreversíveis; assistir a meus shows e filmes favoritos; sempre revejo meus conceitos; sempre revejo meus amigos...
São tantas coisas que me completam, que me fazem estar nesse estado de felicidade constante que se eu colocasse mais coisas aqui aumentaria o número de invejosos, se tiverem o despropósito de ter acesso a esta página.
O que posso dizer, enfim, é que há 31 anos eu sou a cada dia, mais e mais feliz!
"Dê-me um ponto de apoio e moverei o mundo"
Beijos e queijos
Clau Soares
Assinar:
Postagens (Atom)