domingo, 18 de setembro de 2011

Pra fechar o domingo


Desde muito pequena aprendi alguns valores, tipo: seja educada, não pegue o que não lhe pertence, devolva o que não é seu, seja livre de preconceitos, estude, respeite os outros e principalmente seus pais e etecetera, etecetera, etecetera...
Acho que ao longo dos anos não desaprendi, talvez tenha me tornado apenas um pouco mais intolerante, seletiva e ainda, melhorado com minhas próprias cabeçadas. Entretanto, peço mil desculpas aos maternalistas de plantão, mas devo confessar que: acabo de gritar com a minha mãe. Claro que isso deve vir acoplado a um negócio chamado motivo. Eu tenho.
Não sei se toda vó é assim, mas a minha mãe é um troço über super protetora de uma neta que dá nó no trilho e esconde a ponta.
Aqui em casa sempre tivemos problemas com espaço. Parece que moro numa kit net. Por esse motivo, um dia arrumei as malas e fui, mas voltei. Porque agora quem saiu foi a minha irmã. Mas vai voltar, e foi esse voltar o estopim de toda a confusão. Não acredito que eu seja a única pessoa que não goste que mexam nas suas coisas, sei que não sou e revelo uma coisa: minha sobrinha tem uma mãozinha super nervosa. Já até ensaiou riscar meus livros. Imaginem meu estado de pânico! Isso, e otras cositas más foi razão para eu ter trocado a porta do meu quarto, antes "intrancável".
Ainda há pouco a pequena quase quebra a tela do PC com os botões pesados do seu inocente macacãozinho, jogado de forma proposital na máquina. Daí eu a expulsei do quarto.
Então lá vem a super vovó com seu senso de super heroina me dá gritos e sermões. Não aguentei, pois D. Nazaré é reincidente no crime. Da outra vez me fez ouvir os piores absurdos, os quais não tenho coragem de reproduzir aqui. Me adjetivou tão mal que eu quase acreditei ser tudo aquilo, afinal, ela é minha mãe. Quem há de me conhecer melhor?
O fato, caríssimos, é que estou farta desse "vóternalismo" enlouquecedor, que me descredencia e me faz sentir uma estranha no ninho, reforçando o desejo de NÃO ser mãe. Aliado a isso ainda tem o remorso, fruto dos valores comentados no início desta prosa. Cresci ouvindo: "respeita a tua mãe".
Agora estou aqui, trancada no meu infinito particular me sentindo uma estúpida, mas também não aceitando que se passe a mão na cabeça de uma criança tola que não sabe seus limites. Pois também aprendi um dia desses...
"QUE PRECISAMOS EDUCAR AS CRIANÇAS PARA NÃO PRECISAR PUNIR ADULTOS"
Não quero ter razão, apenas ser ouvida.

Um comentário:

  1. Voltamos a questão da educação é fundamental. Nesse caso para todos. Desde a criança até a avó. Mas deixemos isso de lado e vamos as questões práticas. A porta é trancável? O quarto é só seu? Então tranque. Depois explique pra sua sobrinha que ela não pode entrar sem ser convidada. Minha irmã mora com minha mãe, cunhada, meu irmão e três crianças e tem conseguido manter o quarto dela seguro.
    Espero que você consiga a mesma coisa.
    Um abraço.

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Olha Clau...