Estou destreinada. Juro.
Estou
destreinada da função de namorada.
Por dois anos e meio fiquei presa em meu
“castelo da liberdade”, não desejando que houvesse de novo alguém pra me fazer
sentir, viver ou fazer algo que tivesse como motivo uma promoção de
supermercado do tipo 2 em 1. Sei que vão me chamar de egoísta por isso e também
sei da nítida necessidade de adaptação atrelada à história de namoro à
distância.
“Vamos fazer tal coisa nesse fim
de semana? Não, não vai dar porque o namorado vai chegar e é preciso dar
atenção a ele.” (eleger prioridades)
“Olha, comprei uma escova de
dentes pra deixar aqui pra quando vieres” (avanço da convivência)
“Usa essa camisa que trouxe
daquela viagem, eu lavo a tua e deixo secar enquanto...” (cuidado)
“Esse anticoncepcional esta
mexendo com meus hormônios. Acho que preciso mudar.” (escolhas)
“Não gosto de ar. – Mas eu gosto.
- Tá, então a gente liga e deixa esfriar e depois desliga e liga o ventilador.”
(consenso)
“Vais ficar com essa cara a noite
toda? – Não, afinal a gente não se vê sempre, não devia tá brigando a toa. (as
D.R’s)
E quando começo a tentar ouço um
barulho, e quando percebo já sinto o frio da água jogada do balde que estava nas mãos de gente inesperada, que talvez esteja enxergando o que meus olhos
não conseguem ou apenas enganadas.
Permitam-me tentar, já
“desadolesci”, já percebo diferença entre certo, errado e duvidoso. Já sei
discernir amor, paixão, tentativa, relação saudável, amadurecimento. Deixem-me
ir, preciso andar por aí e encontrar minhas próprias pedras, e desatar meus
próprios laços, e dar a mão à palmatória só pra me ver arder, só pra quem sabe
doer inteira e chorar uma dor sentida ou não. Eu não sei e vocês também não
sabem.
Deixem-me tentar
Permitam-me readaptar.
Eu, caçador de mim...
Vai em frente moça e boa sorte.
ResponderExcluirObrigada Lu. Beijos
Excluir