Foi há um mês que ele reapareceu na porta da casa dela e nenhum dos dois sabia exatamente o que podia esperar um do outro. Era necessário re-conhecer para se reconhecer e se reinventar. Os jovens de dezessete anos atrás já não mais existiam. As pedras haviam se encontrado, o mundo havia girado e girado e girado e no final eram outras vidas, outras pessoas e muitas histórias pra contar: filhos, casamentos desfeitos, namoros malfadados, conquistas, outras personalidades. Ele já não ouvia mais Engenheiros do Hawaii, ela já não ia mais atrás do trio. Ele tinha encurtado os cabelos e ela deixou os seus crescerem. Ele parou de fumar, ela sequer tentou... mas mesmo assim quis o destino que eles se reencontrassem e se revisitassem. Hoje novamente juntos tentam viver uma nova história, longe dos sonhos adolescentes e perto, muito perto do que se pode chamar de maturidade. Dividem a distância mas contam com a tecnologia para os aproximarem. Quando se veem ficam felizes por não mais serem dezessete anos de distância, mas apenas 210 km e... como diria Nando Reis: "estão livres da perfeição que só faz estragos". E vão levando, tentando, ultrapassando e de vez em quando, em segredo, perguntam-se até onde podem ir e como fazem pra ficar.
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Olha Clau...