Este ano, em outubro, uma de minhas sobrinhas fará 15 anos e, considerando a proximidade da festa de Haloween (tipicamente americana, diga-se de passagem), decidiu minha bela debutante que quer sua festa aos moldes do Tio San.
Antes que emitam qualquer opninião a respeito do assunto, digo que já tenho todas as minhas formadíssimas e claríssimas sobre, melhor que isso, já tentei convencê-la a desistir disso e podem até dizer:
- "Não te mete, a festa é dela!"
Não, a festa não é só dela, é em sua homenagem, mas é uma comemoração coletiva.
Ok ok, imaginemos baby, daqui há mais 15 anos ela se olhando no espelho, vestidinha de bruxa ao lado de seus pais: Mortícia e Frankstein dizendo:
-"Meus Deus, como vocês permitiram isso???"
-"Mas foi você quem quis,amor"
- "Mas vocês teveriam ter me proibido!!!"
Bom, enfim...
Daí no convite vem a descrição:
Traje: a caráter. E eis que adentra na festa, sua avó materna de mais de 65 anos trajando um originalíssimo preto rasgado estilo Elvira, a rainha das trevas, e logo atrás a incineradora de livros fantasiada de Tio Chico. A meia noite, no lugar da valsa ouviremos Triller... Sei não!
Bom, mas como essa insistente voz nunca é ouvida no seio da família Soares, fica neste espaço a minha discordância e o planejamento para minha fantasia, caso não haja outro jeito.
De qualquer forma o importante é comemorar o dom da vida e a certeza de estar ficando velha.
Pego minha vassoura e tchau!
domingo, 30 de janeiro de 2011
domingo, 23 de janeiro de 2011
Conselho
Há mais ou menos 12 anos perdi minha melhor amiga de infância: Danielly Patrícia, claro, chamada de Dani. Nossa infância foi regada a aventuras no Colégio Paulino de Brito. Sempre estávamos entre os meninos, na turma do fundão. Ela era a louca, eu a tímida.
Dani tinha uma gargalhada datesca e uma vontade de viver maior ainda. Apesar de fofinha, tinha um charme e uma simpatia inigualáveis que despertava o interesse de uma boa parte da ala masculina do colégio. De alunos a professores Dani ía distribuindo suas proezas e seus beijos. Graças a ela pude passar de ano, pois me emprestava seus livros, algo que nunca pude ter, talvez seja por isso essa minha sede de leitura e consumismo desenfreado de livros. Estudávamos juntas para as provas até altas horas da madrugada, ao som de Débora Blando, New Kids on the Block e outras coisas beem bizarras.
Foi com ela que tive meus primeiros conceitos de amizade: parceria, companheirismo, brigas, fidelidade, sinceridade, diários, festa de 15 anos, primeiro beijo, primeira transa, treinamento para usar salto alto, escolha profissional, primeiro amor, primeiras decepções amorosas, primeira perda...
Nos separamos quando no 2º ano ela foi estudar em uma boa escola particular e eu fui para a escola de governo, nesse hiato conheceu a outra Dani, a Magrela (Danielle Fabini), que se tornou grande amiga até os dias de hoje, mesmo ela morando no Rio e eu aqui.
Um tempo antes da protagonista dessa história partir, nos encontrávamos em Mosqueiro, na barraca de um tio dela na praia do Ariramba, quando uns carinhas pararm (graças às suas piscadelas) para nos fazer companhia. Um deles era meio vidente, meio macumbeiro, meio espírita, meio sei-lá-o-quê e se pôs a ler nossas mãos. Entre tantas coisas que "profetizou" disse o homem que minha amiga morreria cedo e que eu não a veria morta. Nos olhamos assustadas, mas meio descrentes.
Mais ou menos um ano e meio depois eu cheguei do trabalho já de noite e recebi a notícia de sua morte prematura. E em virtude de como aconteceu, seu corpo foi velado e enterrado no mesmo dia, fazendo cumprir as profecias daquele estranho.
Foi horrível perder minha amiga tão cedo, nem preciso dizer.
Hoje lembrei dela assistindo ao programa Esquenta, da Regina Casé, pois ouvi uma música que um dia ofereci a ela na tentativa inútil de lhe dar um conselho. Intensa que era, sempre sofria demasiadamente por amor, pois naquela época os homens já eram um tanto quanto perversos para lidar com nossos famigerados corações apaixonados.
Dani tinha uma gargalhada datesca e uma vontade de viver maior ainda. Apesar de fofinha, tinha um charme e uma simpatia inigualáveis que despertava o interesse de uma boa parte da ala masculina do colégio. De alunos a professores Dani ía distribuindo suas proezas e seus beijos. Graças a ela pude passar de ano, pois me emprestava seus livros, algo que nunca pude ter, talvez seja por isso essa minha sede de leitura e consumismo desenfreado de livros. Estudávamos juntas para as provas até altas horas da madrugada, ao som de Débora Blando, New Kids on the Block e outras coisas beem bizarras.
Foi com ela que tive meus primeiros conceitos de amizade: parceria, companheirismo, brigas, fidelidade, sinceridade, diários, festa de 15 anos, primeiro beijo, primeira transa, treinamento para usar salto alto, escolha profissional, primeiro amor, primeiras decepções amorosas, primeira perda...
Nos separamos quando no 2º ano ela foi estudar em uma boa escola particular e eu fui para a escola de governo, nesse hiato conheceu a outra Dani, a Magrela (Danielle Fabini), que se tornou grande amiga até os dias de hoje, mesmo ela morando no Rio e eu aqui.
Um tempo antes da protagonista dessa história partir, nos encontrávamos em Mosqueiro, na barraca de um tio dela na praia do Ariramba, quando uns carinhas pararm (graças às suas piscadelas) para nos fazer companhia. Um deles era meio vidente, meio macumbeiro, meio espírita, meio sei-lá-o-quê e se pôs a ler nossas mãos. Entre tantas coisas que "profetizou" disse o homem que minha amiga morreria cedo e que eu não a veria morta. Nos olhamos assustadas, mas meio descrentes.
Mais ou menos um ano e meio depois eu cheguei do trabalho já de noite e recebi a notícia de sua morte prematura. E em virtude de como aconteceu, seu corpo foi velado e enterrado no mesmo dia, fazendo cumprir as profecias daquele estranho.
Foi horrível perder minha amiga tão cedo, nem preciso dizer.
Hoje lembrei dela assistindo ao programa Esquenta, da Regina Casé, pois ouvi uma música que um dia ofereci a ela na tentativa inútil de lhe dar um conselho. Intensa que era, sempre sofria demasiadamente por amor, pois naquela época os homens já eram um tanto quanto perversos para lidar com nossos famigerados corações apaixonados.
Conselho
(Adilson Bispo e Zé Roberto 0 cantada originalmente por Almir Guineto)
Deixe de lado esse baixo astral
Erga a cabeça enfrente o mal,
Que agindo assim será vital para o seu coração,
É que em cada experiência se aprende uma lição,
Eu já sofri por amar assim me dediquei mais foi tudo em vão,
Pra que se lamentar se em sua vida pode encontrar,
Quem te ame com toda força e amor,
Assim sucumbirá a dor,
(refrão)
Tem que lutar
Não se abater
Só se entregar
A quem te merecer
Não estou dando e nem vendendo
Como o ditado diz
O meu conselho é pra te ver feliz.
E onde estiver, sei que estará modificando a alma de alguém,como modificou a minha, ajudando a construir o meu edifício moral.
Esteja em paz Danielly Patrícia Souza Costa
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Nossos mundos
Porque eu sou de Vênus e ele é de Marte
Então decidimos sair daqui e visitar nossos planetas
Pegamos um cometa e depois de nós nos fomos
Partimos um do outro
Mas houve um antes, um dia,várias noites
Em claro, no escuro em que não nos víamos
Nos sentíamos, nos beijávamos, nos cheirávamos, nos amávamos
Eu te cantava, tu me encantavas
Eu via o branco do quadro um dia negro
Ele via o branco da neve de outros continentes
Ele precisava do tempo pra ter tempo de olhar o quadro
Eu precisava entender e por nada prender
Fingimos ser só amizade
Eu chorei de saudade
Ele morreu de ironizar pra na verdade
Não confessar
A saudade que tinha da boca dele na minha
Na despedida falamos essencialidades
Futilidades, banalidades debaixo de uma sombrinha
Caminhamos leves, molhados e breves
Nos despedimos numa esquina
E seguimos nossas rotinas
Rumo aos nossos planetas
De carona em nossos cometas
Então decidimos sair daqui e visitar nossos planetas
Pegamos um cometa e depois de nós nos fomos
Partimos um do outro
Mas houve um antes, um dia,várias noites
Em claro, no escuro em que não nos víamos
Nos sentíamos, nos beijávamos, nos cheirávamos, nos amávamos
Eu te cantava, tu me encantavas
Eu via o branco do quadro um dia negro
Ele via o branco da neve de outros continentes
Ele precisava do tempo pra ter tempo de olhar o quadro
Eu precisava entender e por nada prender
Fingimos ser só amizade
Eu chorei de saudade
Ele morreu de ironizar pra na verdade
Não confessar
A saudade que tinha da boca dele na minha
Na despedida falamos essencialidades
Futilidades, banalidades debaixo de uma sombrinha
Caminhamos leves, molhados e breves
Nos despedimos numa esquina
E seguimos nossas rotinas
Rumo aos nossos planetas
De carona em nossos cometas
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
A coragem que faltou em 2010 chegou em 2011
Ela denmorou a ser fato. Pensava em algo beeem mais elaborado, que englobasse os 3 amores da minha vida: Mãe e sobrinhas. Mas eu precisava da necessária coragem e busquei algo que não deixasse de ter significado, mas que ao menos por suposição não doesse tanto. Dói, mas é uma dor beeem suportável, algo como picadas consecutivas de carapanã. É só relaxar! E olhe lá, que sou assumidamente intolerante a dor,covarde de caretririnha para os "ais".
Ei-la
Significado: Borboleta representa a minha liberdade. As azuis são raras como eu, estão em extinção (sim, eu me valorizo!). Nomais, ficou bem destacada nomeu costão branco. Rsrsrs. Amei! Talvez a amplie, mas isso vai ser novamente pensado. Representa aminha borboletinha: Stefany Camilly
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