Você definitivamente não se livra das pessoas do teu passado, hoje cheguei a essa conclusão. Haverá sempre um lugar, um música, um cheiro ou uma pessoa com a qual você ficará ligado às lembranças do que "passou."
Encontrei um ex-cunhado na saída do trabalho, irmão do meu ex-"marido" e, inevitavelmente falamos sobre coisas que nos remetiam ao passado, já que perdemos a convivência e não havia nada que pudesse ser em comum em nosso presente. Ele ao lado do filho perguntou se ele lembrava de mim, de quando o ensinava a jogar xadrez e a conversa sempre iniciava com...naquela época. Pois é, acabei lembrando. Quando são lembranças boas, tudo bem, já o contrário só nos faz remoer sentimentos ruins, regados a fatos que preferia ter deixado lá atrás pra sempre.
Os "amigos" que deixaram de ser também ficarão na memória. Não tem jeito. Sempre haverá os amigos em comum ou as coisas que um dia fizeram juntos pra remover a terra jogada por cima. E não há outro caminho senão passar por cima das lembranças que não nos favorecem.
Vai ver que é por isso que um dia nos disseram que nenhuma pessoa passa a toa por nossas vidas. Sempre levam um pouco de nós e deixam um pouco (ou muito) de si.
Ainda bem que sempre há reservas e histórias que compõem nossas saudades boas, pra colocar as coisas em seu devido lugar.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Teoria da conspiração
Hoje foi daqueles que a gente julga o pior dia do ano. Logo pela manhã me aborreci grandemente com problemas familiares, que não são meus mas que me afetam como se fossem. Fico batendo cabeça pra tentar resolvê-los só pra que reine a paz. Ao chegar no trabalho me aborreci com as mesmas coisas, provocadas por problemas que venho rebatendo há mais de ano por conta de erros fajutos, grotescos e recorrentes que me tiram do sério. Acabei cometendo o erro de ser grosseira com uma das gerentes e isso só fez o sentimento ruim aumentar.
Pela tarde tinha uma consulta, peguei o ônibus e a criatura ao meu lado tinha todo o repertório do Rubi Saudade no celular. Não, não havia outros lugares vagos. Não, eu não faria o trajeto em pé. Ao chegar até a clínica esperei no andar superior por duas longas e sufocantes horas plantada na porta do consultório 15, então desci e perguntei pelo médico, pra minha surpresa ela já havia saído porque estava consultando no 8, andar de baixo e me passaram informação errada. Juro, respirei fundo porque já havia descarregado raiva pela manhã e não tinha me feito bem. A atendente então perguntou se eu queria remarcar e eu apenas disse não, porque não queria voltar ao mesmo lugar onde me aborreci tão cedo. As dores no estômago esperam até a próxima crise pra visitar a urgência. Quando saí do consultório a chuva caiu e eu não tava com sombrinha na bolsa, então peguei chuva até a para de ônibus. Antes deste chegar, eu debaixo de uma construção fui vitimada por uma ventania que me presenteou com um cisco no olho esquerdo, graças a poeira da construção. Quando cheguei em casa quis tomar banho e havia faltado água, entrei no meu quarto e uma cara do SERASA me aguardava por uma dívida que não me pertence, mas procurei manter a calma, juro! Olhei pro céu e disse: Deus, tá bom, se querias me castigar por algum motivo, missão cumprida!
Então se acumulou dentro de mim mais um pouco de sentimento ruim e com todo o nó na garganta, toda a raiva pelo dia atípico eu percebi que qualquer pessoa com o mínimo de sensibilidade teria chorado de raiva. Eu não, eu apenas fiquei procurando motivos, razões pra tanta coisa dar errada em um único dia e tentei não perder o controle, mudar o foco e fazer com que minha noite fosse diferente, mas então vi minha irmã chorando por seus problemas e voltei a ficar mal e a não chorar. Eu não tenho esse privilégio. Minhas lágrimas secaram, eu cansei. Mas apesar de tudo, eu preciso crer que foi coisa de um dia, uma tarde e uma noite só. Amanhã as coisas tomam outro rumo e há de ser, novamente, um dia feliz!
Pela tarde tinha uma consulta, peguei o ônibus e a criatura ao meu lado tinha todo o repertório do Rubi Saudade no celular. Não, não havia outros lugares vagos. Não, eu não faria o trajeto em pé. Ao chegar até a clínica esperei no andar superior por duas longas e sufocantes horas plantada na porta do consultório 15, então desci e perguntei pelo médico, pra minha surpresa ela já havia saído porque estava consultando no 8, andar de baixo e me passaram informação errada. Juro, respirei fundo porque já havia descarregado raiva pela manhã e não tinha me feito bem. A atendente então perguntou se eu queria remarcar e eu apenas disse não, porque não queria voltar ao mesmo lugar onde me aborreci tão cedo. As dores no estômago esperam até a próxima crise pra visitar a urgência. Quando saí do consultório a chuva caiu e eu não tava com sombrinha na bolsa, então peguei chuva até a para de ônibus. Antes deste chegar, eu debaixo de uma construção fui vitimada por uma ventania que me presenteou com um cisco no olho esquerdo, graças a poeira da construção. Quando cheguei em casa quis tomar banho e havia faltado água, entrei no meu quarto e uma cara do SERASA me aguardava por uma dívida que não me pertence, mas procurei manter a calma, juro! Olhei pro céu e disse: Deus, tá bom, se querias me castigar por algum motivo, missão cumprida!
Então se acumulou dentro de mim mais um pouco de sentimento ruim e com todo o nó na garganta, toda a raiva pelo dia atípico eu percebi que qualquer pessoa com o mínimo de sensibilidade teria chorado de raiva. Eu não, eu apenas fiquei procurando motivos, razões pra tanta coisa dar errada em um único dia e tentei não perder o controle, mudar o foco e fazer com que minha noite fosse diferente, mas então vi minha irmã chorando por seus problemas e voltei a ficar mal e a não chorar. Eu não tenho esse privilégio. Minhas lágrimas secaram, eu cansei. Mas apesar de tudo, eu preciso crer que foi coisa de um dia, uma tarde e uma noite só. Amanhã as coisas tomam outro rumo e há de ser, novamente, um dia feliz!
domingo, 8 de julho de 2012
Amizade desobrigada
Vejo em meus círculos, alguns
sofrimentos que julgo “desnecessários” por causa de amizades infrutíferas, e
por isso mesmo creio nas amizades desobrigadas. Explico.
Se sou sua amiga não sinto a
necessidade de ligar ou enviar torpedos pra você todos os dias. Lembro-me de uma
história sobre o poeta Paulo Hecker Filho que deixava bilhetes, livros e quindins
na portaria do prédio de Mário Quintana: “Para estar ao lado sem pesar com a
presença” #achodigno.
Eu não preciso ser constante na
sua vida, aceitar todos os seus convites, atender todas as suas ligações,
convidar você para ir a todos os lugares aonde eu for. Isso não me dá diploma
ou atestado de amiga, e se fizer tudo isso não to provando nada. Isso talvez
lhe faça ter certeza que eu gosto de você, mas repito, não prova nada.
Eu não conceituo amizade. É algo
muito complexo. É pronome indefinido. Mas agora, depois de anos vividos e
felizes, depois de tantas pessoas que fizeram e fazem parte do meu mundo, sei
com quem posso contar; sei por quem não vale a pena sofrer ou gastar meu latim.
Sei com quem posso dividir um sorvete, rachar uma conta, trocar duras verdades,
pedir socorro, cometer deslizes e obter perdão, compartilhar um segredo, uma
gripe mal curada, um gosto musical, uma tigela de açaí ou simplesmente convidar
pra ir bem ali. A maturidade de anos bem vividos nos permite ter esse
discernimento.
Portanto, desobrigue-se. Se você
for amigo seus atos falarão por si, se não for, da mesma forma. Pratique o
desapego porque amizade é como as relações amorosas: assim como encanta também
pode sufocar. Deixe seu quindim na portaria e seja feliz sabendo que ali tem um
pouco de você.
terça-feira, 3 de julho de 2012
O que é um assassino?
Ontem, minha princesa deitou ao meu lado e soltou essa:
- Didinha, o que é um assassino?
Fiquei de todas as cores, muda, assustada. Me senti sendo assaltada! Meu Deus, com quem ela aprende essas coisas? Pensei.
Ante meu silêncio ela se adiantou:
- Já sei Didinha! É alguém que mata as pessoas, não é?
No intuito de dar por encerrado o assunto e super sem graça respondi: é
Mas depois que o susto e a surpresa passaram fiquei a pensar e pesar.
Assassino é que rouba do outro o direito a dignidade ou quem desiste da sua própria felicidade.
Assassino é quem é visceral demais e mata toda a leveza e doçura de viver.
Assassino é quem, tendo um grande amigo, esquece de ligar pra perguntar se ele já se livrou da rinite, que livro lê no momento, que música rola no seu MP3 e se está apaixonado por alguém.
Assassino é quem fere com palavras e mais ainda com gestos que deveriam ser economizados pra quem realmente os merecesse, e mata o outro por dentro.
Assassino é quem deixa o amor morrer, que congela o coração e alma.
É quem tem a frieza de abandonar uma criança numa lata de lixo, no leito de um rio, na rua e tira delas o direito a vida e aos sonhos.
Assassino é quem induz o outro ao erro das drogas e morre e mata lentamente.
Assassino é quem esquece da própria vida e preocupa-se mais com a vida dos outros.
É quem bebe até não poder mais e dirige logo em seguida.
É quem tira alguém de sua vida ainda que ele esteja em seu coração, porque se acovarda e tem medo de viver o amor.
É quem vê uma injustiça e cruza os braços, cala a boca e não se movimenta.
É quem tira de quem tem menos pra encher os próprios bolsos e fartar a própria vida.
É quem pratica o egoísmo, vive a inveja, ufana-se de suas qualidades, matando o que pode haver de melhor em si e deixando viver o mau caráter.
É quem vive a achar que a vida não vale a pena e passa por ela apenas pra cumprir os anos que lhes são dados.
E claro...principalmente quem mata as pessoas, né Didinha?
- Didinha, o que é um assassino?
Fiquei de todas as cores, muda, assustada. Me senti sendo assaltada! Meu Deus, com quem ela aprende essas coisas? Pensei.
Ante meu silêncio ela se adiantou:
- Já sei Didinha! É alguém que mata as pessoas, não é?
No intuito de dar por encerrado o assunto e super sem graça respondi: é
Mas depois que o susto e a surpresa passaram fiquei a pensar e pesar.
Assassino é que rouba do outro o direito a dignidade ou quem desiste da sua própria felicidade.
Assassino é quem é visceral demais e mata toda a leveza e doçura de viver.
Assassino é quem, tendo um grande amigo, esquece de ligar pra perguntar se ele já se livrou da rinite, que livro lê no momento, que música rola no seu MP3 e se está apaixonado por alguém.
Assassino é quem fere com palavras e mais ainda com gestos que deveriam ser economizados pra quem realmente os merecesse, e mata o outro por dentro.
Assassino é quem deixa o amor morrer, que congela o coração e alma.
É quem tem a frieza de abandonar uma criança numa lata de lixo, no leito de um rio, na rua e tira delas o direito a vida e aos sonhos.
Assassino é quem induz o outro ao erro das drogas e morre e mata lentamente.
Assassino é quem esquece da própria vida e preocupa-se mais com a vida dos outros.
É quem bebe até não poder mais e dirige logo em seguida.
É quem tira alguém de sua vida ainda que ele esteja em seu coração, porque se acovarda e tem medo de viver o amor.
É quem vê uma injustiça e cruza os braços, cala a boca e não se movimenta.
É quem tira de quem tem menos pra encher os próprios bolsos e fartar a própria vida.
É quem pratica o egoísmo, vive a inveja, ufana-se de suas qualidades, matando o que pode haver de melhor em si e deixando viver o mau caráter.
É quem vive a achar que a vida não vale a pena e passa por ela apenas pra cumprir os anos que lhes são dados.
E claro...principalmente quem mata as pessoas, né Didinha?
domingo, 1 de julho de 2012
É fato
Viver é um fato
Aumente seus retratos
Troque seus sapatos
Multiplique seus amigos
No sábado, amanheça dormindo
Curta as manhãs de domingo
Aceite as segundas
Recupere-se nas terças
Aprenda a fazer brigadeiro e pipoca de panela
Tome Coca Cola
Mergulhe no mar
Chore sem pensar
Mas seja de sorrir
Beije enlouquecidamente
Faça sexo antes de dormir
Fale, leia e acima de tudo ouça
Não se deixe corromper
Aprenda a se reerguer
Viva a desordem
Só obedeça algumas ordens
E se tiver insatisfeito...reinvente-se
Reordene-se
Sempre desobedeça
Ensine alguém a se reerguer
Nem pensar em se corromper
Ouça mais, fale menos e acima de tudo leia
Faça sexo ao amanhecer
Enlouqueça ao beijar
Sorria sem pensar
Não seja de chorar
Tome Coca Cola
Ensine a fazer pipoca e brigadeiro de panela
Curta as manhãs de segunda
Aceite as terças
Recupere-se aos sábados
Amanheça dormindo aos domingos
Selecione seus amigos
Guarde seus sapatos
Escolha seus retratos
Por que viver...
É fato!
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