quarta-feira, 25 de julho de 2012

Teoria da conspiração

Hoje foi daqueles que a gente julga o pior dia do ano. Logo pela manhã me aborreci grandemente com problemas familiares, que não são meus mas que me afetam como se fossem. Fico batendo cabeça pra tentar resolvê-los só pra que reine a paz. Ao chegar no trabalho me aborreci com as mesmas coisas, provocadas por problemas que venho rebatendo há mais de ano por conta de erros fajutos, grotescos e recorrentes que me tiram do sério. Acabei cometendo o erro de ser grosseira com uma das gerentes e isso só fez o sentimento ruim aumentar.
Pela tarde tinha uma consulta, peguei o ônibus e a criatura ao meu lado tinha todo o repertório do Rubi Saudade no celular. Não, não havia outros lugares vagos. Não, eu não faria o trajeto em pé. Ao chegar até a clínica esperei no andar superior por duas longas e sufocantes horas plantada na porta do consultório 15, então desci e perguntei pelo médico, pra minha surpresa ela já havia saído porque estava consultando no 8, andar de baixo e me passaram informação errada. Juro, respirei fundo porque já havia descarregado raiva pela manhã e não tinha me feito bem. A atendente então perguntou se eu queria remarcar e eu apenas disse não, porque não queria voltar ao mesmo lugar onde me aborreci tão cedo. As dores no estômago esperam até a próxima crise pra visitar a urgência. Quando saí do consultório a chuva caiu e eu não tava com sombrinha na bolsa, então peguei chuva até a para de ônibus. Antes deste chegar, eu debaixo de uma construção fui vitimada por uma ventania que me presenteou com um cisco no olho esquerdo, graças a poeira da construção. Quando cheguei em casa quis tomar banho e havia faltado água, entrei no meu quarto e uma cara do SERASA me aguardava por uma dívida que não me pertence, mas procurei manter a calma, juro! Olhei pro céu e disse: Deus, tá bom, se querias me castigar por algum motivo, missão cumprida!
Então se acumulou dentro de mim mais um pouco de sentimento ruim e com todo o nó na garganta, toda a raiva pelo dia atípico eu percebi que qualquer pessoa com o mínimo de sensibilidade teria chorado de raiva. Eu não, eu apenas fiquei procurando motivos, razões pra tanta coisa dar errada em um único dia e tentei não perder o controle, mudar o foco e fazer com que minha noite fosse diferente, mas então vi minha irmã chorando por seus problemas e voltei a ficar mal e a não chorar. Eu não tenho esse privilégio. Minhas lágrimas secaram, eu cansei. Mas apesar de tudo, eu preciso crer que foi coisa de um dia, uma tarde e uma noite só. Amanhã as coisas tomam outro rumo e há de ser, novamente, um dia feliz!

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Olha Clau...