No texto anterior falava sobre correntes, em especial a de solidariedade, antes da tragédia haitiana.
As cenas que tenho assistido nos telejornais têm me deixado com um enorme aperto no peito.
Um país já tão calejado como o Haiti sofrer um fenômeno desses é de estraçalhar o coração.
Porto Príncipe foi às ruínas. São corpos mutilados por todos os cantos. Espalhados e em decomposição pelas ruas da cidade, tornando o ambiente ainda mais vulnerável, fétido, irrespirável, inabitável. Faltam água, luz, segurança, comida, hospital, remédios...tudo o que há de mais essencial.
Já não bastasse a miséria e o título de ser o país mais pobre do planeta, fonômenos naturais trataram de piorar as coisas.
No meio de todo esse absurdo, de toda essa tragédia, uma parte do noticiário me chama atenção: um caminhão carregado com água em sacos de 250ml entra na cidade e é saqueado. Pessoas aos socos, pontapés e empurrões se esforçam para conseguir um mísero saquinho daqueles que, absurdamente, seria VENDIDO! Como pode? Estamos falando de água! Estamos falando de um país arrazado, derrotado, embaixo de poeira, fedor e escombros. Onde milhares morrem de fome e sede, uma criatura se dispões a VENDER água. É de desmaterializar qualquer pessoa!
Não me cabe julgar, mas se se dispôs a ir até lá com seu caminhão, seu combustível, seus saquinhos devidamente separados é porque (entendo eu) tem condições para isso, e usa esse privilégio para ainda se aproveitar em meio ao caos. É nojento!
Entretando, parabenizo e acho louvável a atitude daqueles que estão enviando ajuda ao país arrazado; àqueles que continuam fazendo parte das forças de paz; àqueles que desenvolvem projetos de ajuda, como Zilda Arns desenvolveu e trabalhou por tantos anos em prol daquele povo. Deus há de recompensá-los. Mas, apesar dessa corrente de solidariedade existir, espero que não seja apenas uma febre que logo passa.
Ontem ouvia Padre Fábio e Gabriel Chalita (dois seres humanos que admiro) falando sobre o problema e sobre uma maneira de ajuda. Eles falavam que uma boa forma de oferecer ajuda será quando as coisas estiverem mais amenas e muitos já estiverem esquecidos do Haiti, mesmo que o país ainda precise. Será quando uma nova corrente, iniciada por eles e por outras pessoas, dará continuidade à ajuda, ao apoio.
Achei interessante. Parabenizo-os também.
E você? O que pode fazer? Pode ao menos, antes de dormir, rezar (orar) por aqueles que estão por lá, mortos ou vivos. Aos mortos, por suas almas, para que descansem em paz. Aos vivos, pelo poder de solidariedade; pela força de vontade em ajudar a reconstruir aquele país; pela força que tiram, sabe-se lá de onde, para continuarem a viver, a manifestar de alguma forma o dom que foi dado por Deus.
Isso você não pode negligenciar.
Lembre-se de Deus, Ele não dorme. Mesmo com toda a tragédia, Ele não dormia. E é Ele, somente Ele, que pode segurar nos braços cada cidadão naquele país, e também você.
Claudiana Soares
As cenas que tenho assistido nos telejornais têm me deixado com um enorme aperto no peito.
Um país já tão calejado como o Haiti sofrer um fenômeno desses é de estraçalhar o coração.
Porto Príncipe foi às ruínas. São corpos mutilados por todos os cantos. Espalhados e em decomposição pelas ruas da cidade, tornando o ambiente ainda mais vulnerável, fétido, irrespirável, inabitável. Faltam água, luz, segurança, comida, hospital, remédios...tudo o que há de mais essencial.
Já não bastasse a miséria e o título de ser o país mais pobre do planeta, fonômenos naturais trataram de piorar as coisas.
No meio de todo esse absurdo, de toda essa tragédia, uma parte do noticiário me chama atenção: um caminhão carregado com água em sacos de 250ml entra na cidade e é saqueado. Pessoas aos socos, pontapés e empurrões se esforçam para conseguir um mísero saquinho daqueles que, absurdamente, seria VENDIDO! Como pode? Estamos falando de água! Estamos falando de um país arrazado, derrotado, embaixo de poeira, fedor e escombros. Onde milhares morrem de fome e sede, uma criatura se dispões a VENDER água. É de desmaterializar qualquer pessoa!
Não me cabe julgar, mas se se dispôs a ir até lá com seu caminhão, seu combustível, seus saquinhos devidamente separados é porque (entendo eu) tem condições para isso, e usa esse privilégio para ainda se aproveitar em meio ao caos. É nojento!
Entretando, parabenizo e acho louvável a atitude daqueles que estão enviando ajuda ao país arrazado; àqueles que continuam fazendo parte das forças de paz; àqueles que desenvolvem projetos de ajuda, como Zilda Arns desenvolveu e trabalhou por tantos anos em prol daquele povo. Deus há de recompensá-los. Mas, apesar dessa corrente de solidariedade existir, espero que não seja apenas uma febre que logo passa.
Ontem ouvia Padre Fábio e Gabriel Chalita (dois seres humanos que admiro) falando sobre o problema e sobre uma maneira de ajuda. Eles falavam que uma boa forma de oferecer ajuda será quando as coisas estiverem mais amenas e muitos já estiverem esquecidos do Haiti, mesmo que o país ainda precise. Será quando uma nova corrente, iniciada por eles e por outras pessoas, dará continuidade à ajuda, ao apoio.
Achei interessante. Parabenizo-os também.
E você? O que pode fazer? Pode ao menos, antes de dormir, rezar (orar) por aqueles que estão por lá, mortos ou vivos. Aos mortos, por suas almas, para que descansem em paz. Aos vivos, pelo poder de solidariedade; pela força de vontade em ajudar a reconstruir aquele país; pela força que tiram, sabe-se lá de onde, para continuarem a viver, a manifestar de alguma forma o dom que foi dado por Deus.
Isso você não pode negligenciar.
Lembre-se de Deus, Ele não dorme. Mesmo com toda a tragédia, Ele não dormia. E é Ele, somente Ele, que pode segurar nos braços cada cidadão naquele país, e também você.
Claudiana Soares
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Olha Clau...