quinta-feira, 29 de março de 2012

O Encontro

Eu era cheia de preconceitos pelo fato de ser ele tido como o "padre galã". Não acreditava no seu propósito até que em 2010 assisti a entrevista que ele deu ao Jô Soares e fiquei simplesmente encantada com aquele padre tão humano que falava a minha língua e que desmistificou meus pecados e em cação me dizia que ele também era "humano demais pra compreender esse jeito que escolheste (Jesus) de amar quem não merece". Foi amor à primeira entrevista.
Depois do tapa fui buscar as coisas relacionadas a ele. Primeiro os textos, que foram o passo maior da identificação e da paixão. Achava impressionante como ele conversa comigo, justo eu, tão subversiva e pecadora descobri que encontrava alguém que não me julgava e que me dizia: "filha, eu também sinto raiva, mágoa, tristeza". Busquei suas músicas pra ouvir e...que voz ele tem! Comprei seus livros. Todos. Lidos em um só fôlego e voltei meus olhos para minha religião de batismo com um olhar mais tranquilo já que um membro da igreja sabia se comunicar comigo e me fazer entender as coisas de Deus de um jeito mais simples, menos engessado e dogmático. E assim fiz do Padre Fábio o meu padre, que conversa comigo as quartas a noite, que me esclarece, que me aconselha, que me emociona quando canta e que na sexta passada ao me cumprimentar e apertar minha mão me mostrou que eu não o admiro atoa. Mostrou-se simples apesar do cerco que o protegia. Graças a Deus tive a oportunidade de fazer amigos no Centur que me ajudaram a ficar escondidinha para ter a maravilhosa chance de chegar perto de quem tanto aprendi a admirar.
Na palestra sobre tolerância religiosa foi mestre na arte da palavra, falando a uma plateia de diversos segmentos religiosos e credos. Esse é meu padre, que entre tantas coisas bonitas que disse, fechou com chave de ouro ao dizer que "a religião que vai mudar o mundo é o AMOR". Eu creio!





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Olha Clau...