sábado, 19 de maio de 2012

Deslembrança

Ontem, passando pela Saraiva não resisti e dei uma entradinha só pra me sentir em casa. Fico feito criança na Marjory de tão encantada e enlouquecida. Grana curta, tive que fingir desinteresse por Isabel Allende e outros tantos e tão maravilhosos quanto o prazer de estar naquele lugar. O tempo não colaborou também mas, claro, sair de mãos abanando, jamais!
Pela orelha e pelo valor trouxe pra casa "Deslembrança", da novata Cat Patrick e hoje foi meu companheiro de viagem ao trabalho (sim! Eu trabalhei hoje, muito contrariada. Mas isso é tema para outro texto). Pois bem, deslembrança começou a ser visitado e como ainda está no começo segue minha primeira impressão:
Trata-se de um livro de ficção que minha sobrinha de 15 anos vai adorar ler. Conta a história de uma garota que, assim como no filme "Como se fosse a primeira vez", ao dormir apaga as memória do dia vivido e para isso escreve no fim do dia o que aconteceu durante ele para no dia seguinte lembrar: "Não tenho passado. Minhas únicas lembranças estão no futuro", escreve London, personagem principal. Então, quando acontece algo durante o seu dia que ela faz questão de esquecer, ela simplesmente não anota. Simples assim.
Quem dera que fosse! Já imaginou ter como memória apenas o que é colocado no papel? E quando algo que nos desagrada basta apenas não relatar, não transformar em crônica ou poesia ou desabafo ou grito. Acabou. Game over. Finish. Já pensou???? Pelo lado prático da vida seria ótimo:
"Puta merda, não acredito que tive essa recaída e beijei esse cretino de novo!" Ok, então é simples, apenas não escreva que ficou com esse cretino que você jamais irá lembrar;
"Caramba, minha melhor amiga me disse tanta coisa que me deixou magoada..." Então, não ouse relatar a mágoa, amanhã ela não fará mais parte da sua vida;
"Eu não devia ter brigado com meu amor e tê-lo magoado tanto com palavras tão duras e meu ciúme desmedido". Não se preocupe, você não escreveu sobre isso.
OK, ficções e devaneios à parte me contem: com o que iríamos aprender senão com nossos erros, defeitos e atitudes desacertadas, amores desencontrados, mal dormidos, malfadados???
Eu, ré confessa admito: as vezes queria muito não lembrar de fato, já que consigo o "desvínculo afetivo". Minha memória não é das melhores, mas bem que poderia ficar um  pouco pior. Rsrsrsrsrs.
Depois conto mais do livro.

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Olha Clau...