Há pouco mais de um mês venho presenciando alguns acontecimentos que seriam cômicos se não fossem trágicos. Percebo, quieta no meu canto (as vezes nem tanto), o quanto o ser humano é capaz de prejudicar o outro, de invejar o outro, de passar por cima do outro e de sentimentos considerados nobres aos olhos de Deus e da psicologia humana. Como dormem? Penso, ao identificar que de alguma forma há racionalidade suficiente nas pessoas que as habilita a não praticar o mal ao outro, mas ao contrário, agem como irracionais ou sei lá o quê, já que temos animais muito mais dóceis, parceiros, companheiros e amigos que muita gente que "divide conosco o prato".
Eu e minha sensibilidade hulkiana sentimos nojinho dessa gente e as deixamos lá, em seus cantos, em seus mundos e infinitos particulares já que, graças a Deus, tenho livre-arbítrio. Se pudesse ou ao menos quisesse, eu lhes diria: simplifiquem a vida, mas não sem antes fazerem um exame de consciência em que coubesse o maravilhoso exercício da autocrítica. Vocês não são os melhores. Vocês não são uma ilha. A lei do retorno existe ainda que tarde.
Se você não gosta de alguém, é um direito que lhe cabe, fique na sua. O ditado é antigo e útil: "se não puder ajudar, também não atrapalhe". Receba suas vitórias e seja merecedor delas, porque não é válido ir tão longe mas ir deixando pregos e espinhos pelo caminho. E quando chegar lá, vomite o rei, porque este país não é monárquico. A humildade faz parte da simplicidade. É irmã gêmea univitelina.
Encontre respaldo em sua própria consciência pra saber a hora exata de vestir a fantasia, colocar a máscara e pular seu carnaval, mas também para perceber qual a hora de retirar a carranca de mau caráter e se vestir de água, de largar as pedras escondidas nas mãos e usá-las para construir castelo ou simplesmente sonhos.
Simplifique-se.
Humanize-se.
Escolha a verdade ainda que ela lhe arranque sangue.
Escolha o bem.
Um cargo, um título, um bem material são indicadores de que você conseguiu sua própria superação e não que é melhor que o outro. E isso não lhe dá o direito ou lhe confere autoridade para apontar a lua com o nariz e desmerecer que não ocupa o mesmo espaço hierárquico que você.
Revisite-se.
Deseje chegar ao final de sua vida com a certeza de que se transformou no ser humano que desejou ser e não em um fantoche projetado para mostrar aos outros que podia ser "o cara". Ok?
Aqui fica um grito velado e um sentimento tão real de indignação boquiaberta que chega quase a ser palpável.
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Olha Clau...