segunda-feira, 19 de julho de 2010

Escolhas...


Muito já se falou sobre, mas eu gostaria de falar um pouco mais.
Entre consequências, erros e acertos reside uma certeza: elas são fundamentais em nossas vidas, e são antonímicas. O que tu escolhes é em detrimento a algo que decidiste deixar de lado.
Há quem escolhe o amor em troca de sentimentos mais mesquinhos, como ódio ou rancor.
Há quem acha que escolheu o amor, mas na verdade não viu o que estava ao seu redor e, por um egoísmo burro ou "talvez" até inocente, deixou de lado o que é verdadeiro.
As consequências de nossas escolhas devem ser sustentadas por nós mesmos: um sorriso desfeito, um amor machucado, um coração sangrando, uma lágrima, ausência dos verdadeiros amigos, falta de apoio, enfim. Meio clichê, é certo, mas o fato é que o fruto de nossas escolhas é consequência do que plantamos.
Outro dia eu escolhi deixar minha irmã sofrer à vontade, porque estava cansada de dar apoio a uma situação que não tem jeito e que me aborrece profundamente. Egoísmo? Não. Ela já tem idade suficicente pra entender o que é certo ou errado, pra entender que cada atitude que toma tem um reflexo a seu favor ou contra.
Os frutos de minha escolha estão sendo colhidos diariamente: sensação de impotência diante de atos dos quais discordo, mal estar ante sua presença, relação abalada com Deus, mágoa.
Agora deixo Mariazinha achar que é Alice e que não mora no Brasil. Mariazinha escolheu o "amor" errado, porque o verdadeiro ela tem todos os dias em seu ninho. Um passarinho sorridente, amável, que entre lágrimas, promessas e confissões desejava que as coisas continuassem como estavam. Mas, que pena! Mariazinha não percebeu ou pouco se importou. Acha que são apenas amores diferentes, sustentados paralelamente e que pela 354278ª vez vale a pena tentar viver seu conto de fadas e bruxas.
Não sei ao certo que consequências virão, mas é certo que virão em uma manhã de sol ou em uma tarde de chuva. O que sei é que me recuso a comprar o bilhete pra assistir de camarote a esse resultado mórbido, que desde já apodrece bons frutos da videira. Desejo mesmo é estar longe, sem nada ver, nada saber.
Enquanto isso sei que vou perdendo alguns pontos com meu ser superior, que insiste em não me abandonar apesar de todas as minhas fraquezas ou friezas como bem deixou claro um certo filho seu.
Nas duas situações posso ter escolhido errado, mas não há quem possa me tirar o direito da decepção. É minha! Não a escolhi, ela veio ao meu encontro pelas mãos de pessoas que amo imensamente, mas a quem não seria prudente fingir que nada está acontecendo ou que é leite que corre nas minhas veias. Seria perder minha essência. Eu não perdi. Apenas fiz minhas escolhas, "porque o perdão também cansa de perdoar".

Clau

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