terça-feira, 19 de outubro de 2010

Para o rapaz das mãos frias...quem eu sou:

Sou aquela a quem viste dançar, rir, gargalhar de saia estampada em épocas de folguedo, de ensaios onde minha mão encontrava a tua e dizias: "nossa! Como é quente!"
Mas sou mais, muito mais do que seus olhos podem ver e suas mãos podem sentir.
Sou um bicho, graças a Deus, esquisito, arredio, objetivo, pragmático, escorpião. Que pondera e age duas vezes antes de pensar e, sempre fala o que a cabeça pensar.
Que lê poesias mas é apaixonada por crônica. Que ama as letras e odeia as contas, principalmente as que chegam envelopadas em final de mês.
Que detesta hipocrisia (se é que tem alguém que goste?), café sem leite, gente mesquinha, mentiras e minha memória fraca.
Que não aprendeu a perdoar, mas se esforça, porque muitas veze é necessário voltar atrás, mas não consigo!
Sou alegre, divertida, pessoa de dentro pra fora, mas que não funciona perto de gente que não tolera.
Detesto meias verdades, metades. Não consigo ser meia irmã, meia amiga, quase amor. Sou intensa.
Ignoro a inveja, amo boas companhias pra um chop de fim de tarde assistindo ao sol se por, ou pra um dedo de prosa e troca de experiências.
Ouço música incansávelmente, na mesma proporção em que leio e escrevo.
Tenho preguiça, um monte, principalmente as segundas-feiras e vésperas de feriado. Torço pra que a sexta chegue e junto com ela o telefone tocando sem parar.
Amo minha liberdade, minha paz, pela qual pago qualquer preço!
Quando canso do meu mundo fujo pro meu segundo lar: Icoaraci, pra casa de minha irmãzoca Gigi di Poli que amo infinitamente.
Sou ranzinza, deixo que amigos entrem na minha vida e com as mesma velocidade não me importo que saiam. Sempre me sobram os melhores e, se não entrar mais ninguém, os que aqui estão são mais que suficientes, mais que especiais.
Sou Cristã, católica, protegida por Nossa Senhora de Nazaré e pela Maria de Nazaré, minha mãe.
Rezo. Creio. Tenho fé.
Sou quase completa, porque me falta sempre muito pouco: as vezes basta um sorvete de castanha, uma música de Chico, que tudo fica perfeito.
Mas pra você, meu caro rapaz, sou o avesso de tudo o que leste, de tudo o que viste, de tudo o que sentes.
Eu sou o lado oposto. A parte que renunciaste.
Sou tudo o que te é proibido, o que não pode te pertencer.
Posso te deixar entrar, mas não se peca no meu infinito particular.

Clau

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