Olha só...quando me olhas daquele jeito me tremo toda, perco as palavras, o som, a rotina, a cor.
Quando me desconcertas com tuas perguntas indiscretas foge-me o ar.
Então te oriento: se oriente! Não me faça valer minhas incertezas das noites sem tua presença, com tua descrença, tua ironia, minha alegria cantada em versos empestados.
Veja as noites juninas como são bonitas! Venha me fazer ver fogos de artifício, faça um sacrifício, por sortilégio, nao tarde!
Vem trazer de volta a minha paz, única quando me inundas e iluminas com tua presença que dispensa volumes, e dos sentidos exige somente o olfato e entre lençóis, o tato.
Receba o que sinto, desmascare o que minto pra me fazer dizer: fica mais um pouco,um mês é muito pouco pro muito que ficou, pro pouco que se viveu e mais ainda pelo que se sentiu, e sente, e ama...
Arranca esse hiato e em abraço, laço, regaço, cansaço faz valer minhas noites mal dormidas, bem doídas da falta que você me faz.
Pare de me fazer ler em teus olhos que a saudade não é só minha, que deixamos pela metade ou menos que isso uma linda vontade de sermos uma parte ainda maior em nossas vidas ou então diga que é pura ilusão, que sequer tenho razão, que foi desencontro, momento, casualidade que me fez um tanto quanto fácil, e que o destino, ágil, tratou de nos colocar em extremos e fez do amor o vão.
Diz que teus versos eram plágio, que meu amor é algo frágil e que como fumaça se perdeu no ar e deve-se ir de mim.
Mas não me deixe incerteza, tampouco a chama acesa a esperar por ti.
Ei, eu sei o que sinto e mesmo quando eu minto meus olhos te permitem ver, que mesmo depois de tanto tempo é você quem me faz mulher.
sábado, 25 de junho de 2011
Tenho que postar essa!
Recebi essa hoje a noite de uma pessoa que amo muito.
"Olha, Clau! Eu e o Thomas batendo uma pra ti" (by Mauro Margalho)
#morriderir
sábado, 18 de junho de 2011
Só HoJe! (Jota Quest)
Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal...
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar a boca de um jeito que te faça rir
(que te faça rir)
Hoje eu preciso te abraçar...
Sentir teu cheiro de roupa limpa...
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz!
Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua!
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria...
Em estar vivo.
Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar...
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia...
Que eu faço tudo errado sempre, sempre.
Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje
**********************************************************
Essa música me lembra uma pessoa muitíssimo especial que apareceu na minha vida há alguns anos. Uma pessoa linda e apaixonada por mim como poucos: Herlon, o Pipico, como sempre foi chamado na rua. Nossa, como ele me encantava! Mas à época, pra variar, estava apixonada pelo pior dos cafajestes da cidade e ele, como um dos seres mais sensatos que conheci me olhou nos olhos e disse: "É isso que você quer? Pois vá lá que eu vou ficar aqui te esperando sempre, enquanto durar o que sinto". E eu fui. Calro que quebrei a cara! E quando voltei já não era mais o tempo da delicadeza e os sentimentos haviam mudado, tanto o meu quanto o dele. Nos tratamos com respeito mas percebemos que algo havia morrido e era pra sempre. Cada um seguiu em frente, ams incrívelmente ainda o mantive como meu herói por um longo tempo. Funcionava assim: cada vez que me sentia triste, acanhada, desapontada, precisando de resposta e de palavras que não são ouvidas de qualquer boca ou lidas em qualquer livro era dele que lembrava e lamentava: "Poxa, como queria que estivesses aqui!".
Escolha errada? Sinceramente não sei, pois ele com todo o seu charme e cabelos grisalhos nunca foi afeito a um único amor, passeava faceiro em corações desavisados e frágeis com habilidade de poucos. Culpa de uma inteligência e prazer que poucos são capazes de oferecer. Outro dia o encontrei, num daqueles dias em que a gente se sente a mais feia das criaturas. Que raiva! Ele tava lindo como sempre, educado como sempre, charmoso como sempre...
Porque lembrei dele justo hoje. Porque hoje eu precisava dele com qualquer humor, com qualquer sorriso. Mania essa nossa de escolher sentir saudade. Ai ai
E vou ficando por aqi, com saudade e com vontade.
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal...
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar a boca de um jeito que te faça rir
(que te faça rir)
Hoje eu preciso te abraçar...
Sentir teu cheiro de roupa limpa...
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz!
Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua!
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria...
Em estar vivo.
Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar...
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia...
Que eu faço tudo errado sempre, sempre.
Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje
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Essa música me lembra uma pessoa muitíssimo especial que apareceu na minha vida há alguns anos. Uma pessoa linda e apaixonada por mim como poucos: Herlon, o Pipico, como sempre foi chamado na rua. Nossa, como ele me encantava! Mas à época, pra variar, estava apixonada pelo pior dos cafajestes da cidade e ele, como um dos seres mais sensatos que conheci me olhou nos olhos e disse: "É isso que você quer? Pois vá lá que eu vou ficar aqui te esperando sempre, enquanto durar o que sinto". E eu fui. Calro que quebrei a cara! E quando voltei já não era mais o tempo da delicadeza e os sentimentos haviam mudado, tanto o meu quanto o dele. Nos tratamos com respeito mas percebemos que algo havia morrido e era pra sempre. Cada um seguiu em frente, ams incrívelmente ainda o mantive como meu herói por um longo tempo. Funcionava assim: cada vez que me sentia triste, acanhada, desapontada, precisando de resposta e de palavras que não são ouvidas de qualquer boca ou lidas em qualquer livro era dele que lembrava e lamentava: "Poxa, como queria que estivesses aqui!".
Escolha errada? Sinceramente não sei, pois ele com todo o seu charme e cabelos grisalhos nunca foi afeito a um único amor, passeava faceiro em corações desavisados e frágeis com habilidade de poucos. Culpa de uma inteligência e prazer que poucos são capazes de oferecer. Outro dia o encontrei, num daqueles dias em que a gente se sente a mais feia das criaturas. Que raiva! Ele tava lindo como sempre, educado como sempre, charmoso como sempre...
Porque lembrei dele justo hoje. Porque hoje eu precisava dele com qualquer humor, com qualquer sorriso. Mania essa nossa de escolher sentir saudade. Ai ai
E vou ficando por aqi, com saudade e com vontade.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
O amor é a sabedoria dos loucos e a loucura dos sábios. (Samuel Johnson)
Juro, não sou o ser humano mais indicado pra falar de amor, mas quanto a senti-lo me cerco de orgulho. Amor não é para os fracos, mas praqueles que têm coragem de dizer que amam. Eu amo cada vez que me pego rindo à toa, que meu coração é tocado pelo silêncio ou pela euforia que desacata os desavisados e os menos humorados. E assumo amor, o que pode ser ainda mais dificil.
E por falar nesse malfadado, por ontem e por hoje (pra quem não é católico, dia de Santo Antônio) escutei as mais diversas histórias, mas o que mais me chamou a atenção foi a falta de amor dos namorados. São histórias tão esquisitas, de Marias e Joões que mal se falaram, mal se abraçaram, mal se beijaram. Umas a chorar o dia inteiro os descasos, outras a fazer chorar e dispensar o namorado por um arrastão junino, outrso mandando cestas de chocolates pra se redimir do esquecimento, outras xingando o santo casamenteiro.
Eita mundinho de pernas pro ar, eita sentimento bonito mas que só encontra ser humano esquisito pra se alojar e ser repelido por não leitura do manual de instruções do objeto recebido. Precisamos rever nossos conceitos há tempos, isso é fato, isso é fardo pesado demais para os descrentes.
entre tantas histórias, ouvi uma frase feita muito engraçada e triste ao mesmo tempo. revelou Mariazinha: "Hoje é o dia de Santo Antônio, mas o santo das causas impossíveis é outro. Tá pegando, melhor rezar pra Santo Expedito".
Uma dessas amigas acordou e a primeira atitude que tomou foi ir até o tatuador modificar a tatuagem com a letra do namorado, acabou formando uma palavra que mostra o que precisa: Fé. O amor também precisa de fé, de acreditar que não é necessário desistir do amor e muito menos de amar, que não é necessário tomar atitudes radicais quando se sabe que existe um bem maior chamado perdão, que cedo ou tarde vai aparecer pra refazer o que "foi desfeito".
Eu prefiro continuar acreditando no amor e naquele lance lindo de encontro almas, eu prefiro continuar amando e caminhando na chuva de mãos dadas ou apenas carregando um bolsa pesada e um pé ferido por quilometros só pra ter a companhia de quem me faz bem.
Eu não posso desistir do amor e você?
E por falar nesse malfadado, por ontem e por hoje (pra quem não é católico, dia de Santo Antônio) escutei as mais diversas histórias, mas o que mais me chamou a atenção foi a falta de amor dos namorados. São histórias tão esquisitas, de Marias e Joões que mal se falaram, mal se abraçaram, mal se beijaram. Umas a chorar o dia inteiro os descasos, outras a fazer chorar e dispensar o namorado por um arrastão junino, outrso mandando cestas de chocolates pra se redimir do esquecimento, outras xingando o santo casamenteiro.
Eita mundinho de pernas pro ar, eita sentimento bonito mas que só encontra ser humano esquisito pra se alojar e ser repelido por não leitura do manual de instruções do objeto recebido. Precisamos rever nossos conceitos há tempos, isso é fato, isso é fardo pesado demais para os descrentes.
entre tantas histórias, ouvi uma frase feita muito engraçada e triste ao mesmo tempo. revelou Mariazinha: "Hoje é o dia de Santo Antônio, mas o santo das causas impossíveis é outro. Tá pegando, melhor rezar pra Santo Expedito".
Uma dessas amigas acordou e a primeira atitude que tomou foi ir até o tatuador modificar a tatuagem com a letra do namorado, acabou formando uma palavra que mostra o que precisa: Fé. O amor também precisa de fé, de acreditar que não é necessário desistir do amor e muito menos de amar, que não é necessário tomar atitudes radicais quando se sabe que existe um bem maior chamado perdão, que cedo ou tarde vai aparecer pra refazer o que "foi desfeito".
Eu prefiro continuar acreditando no amor e naquele lance lindo de encontro almas, eu prefiro continuar amando e caminhando na chuva de mãos dadas ou apenas carregando um bolsa pesada e um pé ferido por quilometros só pra ter a companhia de quem me faz bem.
Eu não posso desistir do amor e você?
sábado, 11 de junho de 2011
"Estranha forma anônima de amar"*
Toda a espera é delicada
Porém, aguarda-me.
Toda a conquista é fascinante
Porém, descubra-me.
Toda a busca é incessante
Porém, encontre-me.
Somos sementes em espera
Porém, sem a certeza do encontro.
É tão estranho te querer de longe,
Tão arrebatador o que leio em teu olhar.
Tão sutil e desesperador esse tremor dentro do peito,
Tão estranha essa forma anônima de amar.
Fabrizio Salvatore Baglio
Essa é made in blog Interlúdio, sigam http://www.interludioemflor.blogspot.com/
quinta-feira, 9 de junho de 2011
"Guardei sem ter porquê, nem por razão ou coisa outra qualquer"
"Sabe lá o que é morrer de sede em frente ao mar...
Sabe lá..."
Enquanto caminhávamos na chuva ela foi carinhosamente colocada em meus cabelos por trás da orelha. Eu estava feliz, pela chuva, pela companhia e por mais uma casualidade. Mais um tijolo na construção das minhas boas memórias e minhas histórias pra contar.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Discussão acalorada
Ou eu e meus pensamentos e estudos estamos completamente equivocados ou devemos definitivamente esquecer os anos de pesquisa de Willian Labov e o tal do doutourado de Marcos Bagno, Stella Maris Bortoni-Ricardo e Sirio Possenti. O fato é que me sinto muito impotente diante de toda a discrimação que tá rolando pra cima da nova cartilha do MEC, ainda mais quando vejo pessoas de nível cultural considerados altos e formadoras de opinião levantarem a bandeira do contra.
Outro dia até assisti o Sr. Ministro da Educação tentando defender a proposta da cartilha, mas ele sequer teve o direito de voz.
Não, caríssimos, a nova cartilha do MEC, apesar de não a ter lido, não "vem para deixar os pobres cada vez mais pobres". Não vem "para ensinar a falar errado". Não "vem para excluir" e muito menos "para acabar com a Língua Portuguesa". Pelo que entendi até agora, vem exatamente para tentar respeitar as línguas desprestigiadas e mostrar que, falamos Português Brasileiro e não a língua de Luis de Camões em terras lusitanas. Vem deixar claro anos e anos de pesquisas que têm como base os fenômenos sociolinguísticos, que dão ênfase a uma língua que é um organismo vivo e jamais imutável, ou será que ainda usamos como pronome de tratamento o já em desuso "vossa mercê"? Ou ainda nos comunicamos com o outro na segunda pessoa do plural? Vós sabeis me responder??
O fato é que mudança e preconceito ainda são facas de dois gumes na mente de pessoas que ainda não largaram seus tacapes, apesar de se acharem "mudernas". Pior ainda, criticam as evidências dos fatos: a língua muda, existe claramente em nosso país não só uma heterogeneidade cultural, mas também uma heterogeneidade linguística. Mas infelizmente a cultura do certo e errado ainda é latente e têm excluído muita gente de bem por aí.
O importante acima de tudo é não subestimar profissionais de pesquisa sociolinguística que há anos perceberam e ainda percebem o que muita gente ainda se nega a enxergar: o preconceito linguístico. E não abrir a boca para criticar sem ter fundamento.
Ainda há muito pano pra manga nessa história, como sabiamos que daria o dia que se resolvesse colocar a pesquisa para domínio público. Só não vê que nao quiser!
Outro dia até assisti o Sr. Ministro da Educação tentando defender a proposta da cartilha, mas ele sequer teve o direito de voz.
Não, caríssimos, a nova cartilha do MEC, apesar de não a ter lido, não "vem para deixar os pobres cada vez mais pobres". Não vem "para ensinar a falar errado". Não "vem para excluir" e muito menos "para acabar com a Língua Portuguesa". Pelo que entendi até agora, vem exatamente para tentar respeitar as línguas desprestigiadas e mostrar que, falamos Português Brasileiro e não a língua de Luis de Camões em terras lusitanas. Vem deixar claro anos e anos de pesquisas que têm como base os fenômenos sociolinguísticos, que dão ênfase a uma língua que é um organismo vivo e jamais imutável, ou será que ainda usamos como pronome de tratamento o já em desuso "vossa mercê"? Ou ainda nos comunicamos com o outro na segunda pessoa do plural? Vós sabeis me responder??
O fato é que mudança e preconceito ainda são facas de dois gumes na mente de pessoas que ainda não largaram seus tacapes, apesar de se acharem "mudernas". Pior ainda, criticam as evidências dos fatos: a língua muda, existe claramente em nosso país não só uma heterogeneidade cultural, mas também uma heterogeneidade linguística. Mas infelizmente a cultura do certo e errado ainda é latente e têm excluído muita gente de bem por aí.
O importante acima de tudo é não subestimar profissionais de pesquisa sociolinguística que há anos perceberam e ainda percebem o que muita gente ainda se nega a enxergar: o preconceito linguístico. E não abrir a boca para criticar sem ter fundamento.
Ainda há muito pano pra manga nessa história, como sabiamos que daria o dia que se resolvesse colocar a pesquisa para domínio público. Só não vê que nao quiser!
José Luiz Fiorin: “Não existe nenhum linguísta que defenda que no ensino não se deva ensinar a norma culta da língua.”
O livro, da Editora Global, "acata orientações dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) em relação à concepção de língua/linguagem, orientações que já estão em andamento há mais de uma década. Além disso, não somente este, mas outros livros didáticos englobam a discussão da variação linguística com o intuito de ressaltar o papel e a importância da norma culta no mundo letrado", segundo Maria José Foltran (ABRALIN).
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Companhia de viagem
Como boa pedestre, meu veículo diário para ir e voltar do trabalho é o velho busão. O caminho é longo, quente, barulhento de tantas vozes que são ouvidas,o trânsito invariavelmente infernal prolonga ainda mais o caminho, sem contar as misturas de cheiros que meu nariz é obrigado a sentir logo pela manhã. Mas para que toda essa mistura de sentidos não se torne mais enfadonha há anos busquei uma saída: carrego sempre comigo meu fiel escudeiro Sancho Pança: o LIVRO. Há os que dizem: "nossa, como consegues ler no ônibus com tanto barulho??". Respondo: não sei, eu simplesmente consigo...e gosto...e não consigo fazer diferente. Ele, o livro, consegue perfeitamente cumprir seu objetivo em minhas mãos: envolver. E como se não bastasse, quando é um livro técnico ainda dou uma paradinha pra pegar o telefone e perguntar a opinião de amigos da mesma área para determinados temas. Terminada a ligação, volto para minha distração. Sim, o livro me distrai e me tira do ambiente heterogêneo do coletivo, levando-me ao seu universo.
Certa vez lia o "Guia do Mochileiro das Galáxias", De Douglas Adams, e sempre silenciosa e concentrada na leitura chamei a atenção do pessoal de tanto que ria das "besteiras" que o livro me dizia. Senti como se estivesse assistindo a uma comédia e...sabe quando aparece uma cena super engraçada e você cutuca quem tá do teu lado? Tive vontade de fazer o mesmo.
...E há todo um ritual nessa empreitada:
Deve-se sentar à janela, pra não ter que ficar concedendo licença de passagem ao vizinho.
Deve-se fingir não ver o conhecido que sobe logo na parada seguinte. Pior é que tem gente que não se toca quando acontece e fica puxando papo. Eu costumo ignorar a presença do invasor, excetuando-se pessoas como mãe, pai e amigos não vistos ha certo tempo. E não fecho o livro de jeito nenhum, que é pra entenderem o que quero fazer naquele momento. Pô, se é meu vizinho, passa lá em casa pra um papinho, ou então nos encontramos no Bob's pra um ovomaltine.
Deve-se evitar ônibus lotado por motivos óbvios.
Não se pode esquecer a lapiseira e o marca texto, também por motivos óbvios. Meus livros têm cobrinhas nas partes que me marcam (não dá pra ser linha reta!!)
Deve-se olhar o tempo de viagem restante e o tamanho do próximo capítulo ou parágrafo, do contrário você corre dois riscos: 1. andar mais por descer na parada errada e 2. cair e sujar seu amigo (e daí se você se ralar e se quebrar toda???).
Minha leitura só é voluntariamente interrompida em dois momentos: quando o dia está ensolarado e passo em uma das praças que, dependendo do ônibus que pegue, fazem parte do meu trajeto: Batista Campos ou República. Gosto de olhar e dá uma vontade louca de descer e terminar o capítulo sentada em um daqueles bancos, tomando uma água de coco, feito aqueles velhinhos que nada têm a fazer e ficam lá contemplativos. Rola uma inveja básica.
Sou feliz por ter criado esse hábito, é um dos grandes prazeres da minha vida, e o que me deixa mais feliz é poder compra-los, possuí-los, riscá-los. Ficam bem ao lado de minha cama e sou muito feliz em poder contemplá-los. Faço isso com certa frequencia e penso: são meus! Já contei aqui, mas repito. Por muito tempo eu não podia comprar nenhum livro. Muito tempo mesmo, que passou pelo ensino fundamental, médio e faculdade somando a aquisição de apenas 2 volumes. Hoje, pelo menos um por mês é somado à minha biblioteca, mas não me considero um super leitora, me considero apenas mais uma que gosta de ler algumas coisas e jornal é uma das coisas que não entra na minha história.
No momento, meu Sancho é Moacyr Scliar em "Do jeito que nós vivemos", pra variar, crônicas, meu gênero favorito. E, por favor, se me encontrarem pelo Sacramenta-Humaitá ou Pedreira-Filipe Patroni não me desconcentrem, me ignorem, eu juro que não vou chamá-los de antipáticos. Eu é que sou! Rsrsrs
Certa vez lia o "Guia do Mochileiro das Galáxias", De Douglas Adams, e sempre silenciosa e concentrada na leitura chamei a atenção do pessoal de tanto que ria das "besteiras" que o livro me dizia. Senti como se estivesse assistindo a uma comédia e...sabe quando aparece uma cena super engraçada e você cutuca quem tá do teu lado? Tive vontade de fazer o mesmo.
...E há todo um ritual nessa empreitada:
Deve-se sentar à janela, pra não ter que ficar concedendo licença de passagem ao vizinho.
Deve-se fingir não ver o conhecido que sobe logo na parada seguinte. Pior é que tem gente que não se toca quando acontece e fica puxando papo. Eu costumo ignorar a presença do invasor, excetuando-se pessoas como mãe, pai e amigos não vistos ha certo tempo. E não fecho o livro de jeito nenhum, que é pra entenderem o que quero fazer naquele momento. Pô, se é meu vizinho, passa lá em casa pra um papinho, ou então nos encontramos no Bob's pra um ovomaltine.
Deve-se evitar ônibus lotado por motivos óbvios.
Não se pode esquecer a lapiseira e o marca texto, também por motivos óbvios. Meus livros têm cobrinhas nas partes que me marcam (não dá pra ser linha reta!!)
Deve-se olhar o tempo de viagem restante e o tamanho do próximo capítulo ou parágrafo, do contrário você corre dois riscos: 1. andar mais por descer na parada errada e 2. cair e sujar seu amigo (e daí se você se ralar e se quebrar toda???).
Minha leitura só é voluntariamente interrompida em dois momentos: quando o dia está ensolarado e passo em uma das praças que, dependendo do ônibus que pegue, fazem parte do meu trajeto: Batista Campos ou República. Gosto de olhar e dá uma vontade louca de descer e terminar o capítulo sentada em um daqueles bancos, tomando uma água de coco, feito aqueles velhinhos que nada têm a fazer e ficam lá contemplativos. Rola uma inveja básica.
Sou feliz por ter criado esse hábito, é um dos grandes prazeres da minha vida, e o que me deixa mais feliz é poder compra-los, possuí-los, riscá-los. Ficam bem ao lado de minha cama e sou muito feliz em poder contemplá-los. Faço isso com certa frequencia e penso: são meus! Já contei aqui, mas repito. Por muito tempo eu não podia comprar nenhum livro. Muito tempo mesmo, que passou pelo ensino fundamental, médio e faculdade somando a aquisição de apenas 2 volumes. Hoje, pelo menos um por mês é somado à minha biblioteca, mas não me considero um super leitora, me considero apenas mais uma que gosta de ler algumas coisas e jornal é uma das coisas que não entra na minha história.
No momento, meu Sancho é Moacyr Scliar em "Do jeito que nós vivemos", pra variar, crônicas, meu gênero favorito. E, por favor, se me encontrarem pelo Sacramenta-Humaitá ou Pedreira-Filipe Patroni não me desconcentrem, me ignorem, eu juro que não vou chamá-los de antipáticos. Eu é que sou! Rsrsrs
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