Olha só...quando me olhas daquele jeito me tremo toda, perco as palavras, o som, a rotina, a cor.
Quando me desconcertas com tuas perguntas indiscretas foge-me o ar.
Então te oriento: se oriente! Não me faça valer minhas incertezas das noites sem tua presença, com tua descrença, tua ironia, minha alegria cantada em versos empestados.
Veja as noites juninas como são bonitas! Venha me fazer ver fogos de artifício, faça um sacrifício, por sortilégio, nao tarde!
Vem trazer de volta a minha paz, única quando me inundas e iluminas com tua presença que dispensa volumes, e dos sentidos exige somente o olfato e entre lençóis, o tato.
Receba o que sinto, desmascare o que minto pra me fazer dizer: fica mais um pouco,um mês é muito pouco pro muito que ficou, pro pouco que se viveu e mais ainda pelo que se sentiu, e sente, e ama...
Arranca esse hiato e em abraço, laço, regaço, cansaço faz valer minhas noites mal dormidas, bem doídas da falta que você me faz.
Pare de me fazer ler em teus olhos que a saudade não é só minha, que deixamos pela metade ou menos que isso uma linda vontade de sermos uma parte ainda maior em nossas vidas ou então diga que é pura ilusão, que sequer tenho razão, que foi desencontro, momento, casualidade que me fez um tanto quanto fácil, e que o destino, ágil, tratou de nos colocar em extremos e fez do amor o vão.
Diz que teus versos eram plágio, que meu amor é algo frágil e que como fumaça se perdeu no ar e deve-se ir de mim.
Mas não me deixe incerteza, tampouco a chama acesa a esperar por ti.
Ei, eu sei o que sinto e mesmo quando eu minto meus olhos te permitem ver, que mesmo depois de tanto tempo é você quem me faz mulher.
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Olha Clau...