Bom, meus queridos, esse é um texto de breve despedida. Estou me despedindo de tudo aquilo que possa de alguma forma atrapalhar ou atrasar ainda mais meus planos, e isso inclui o mundo virtual.
Amo este espaço, quando o criei não dava muita bola, mas minha amiga Flavitcha me convenceu a escrever mais um pouquinho e assim fiz. Aqui descarrego minhas emoções, descarrego tudo o que me toca de alguma forma. É aqui que ouso me despir de alma, aqui transpareço, me aqueço, me perco e me encontro. Mas o mundo lá fora me chama com certa urgência e eu não posso deixar de atendê-lo. Se deixar estarei negligenciando a mim mesma enquanto ser humano que em meio a trancos e barrancos ainda insiste na capacidade de sonhar e ser feliz e nesse abrir mão estarei mais uma vez negando chegar um porto em busca de outros cais e ir deixando a maré me levar.
Não, eu preciso ancorar, pois me disse o poeta que "os sonhos não envelhecem" e ainda, que se eu tocar o pé no chão alcançarei as estrelas. O chão que muitas vezes me faltou, principalmente nos últimos dias, me deixando em mar de angústias é o mesmo em que agora piso amedrontada e decidida, pois quando você faz escolhas que geram mudanças você deixa outras para trás, é inevitável. Escolher é abrir mão.
Eu escolhi voltar a ser feliz!
Agora por favor, eu peço: não me segurem na mão! Eu aprendi a andar de bicicleta sozinha. Mas também não deixem de me observar, pois se acaso eu desanimar novamente será necessário me fazer crer que apesar de tudo vale a pena.
Quero ter a oportunidade de cantar a mim mesma que ninguém sabe o quanto eu caminhei pra chegar aonde quero. Por isso é preciso tempo. Tempo pra olhar as coisas com mais cautela e entender até onde as dores são muletas de sustentação da divina forma de viver e ser; pra entender que ao contrário do que as vezes pensamos nem tudo está perdido, pois ainda há aquela linha tênue do que chamam esperança que você pode com unhas e dentes agarrar e não deixar escapar.
Até breve.
Fico com a boa energia dos que me visitaram, dos que comentaram dos que me seguiram e acharam que de alguma forma valia a pena passar por aqui com mais ou menos frequência. Fico com a beleza desse diário de crônicas virtuais onde me expus sem o menor dos medos. Fico com a saudade dos textos daqueles que sigo por adoração e por carinho.
Torçam por mim! Vou precisar das boas energias pra esse meu encontro.
Um beijo a todos.
Claudiana Soares
"Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar...
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar...
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar."
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar."