sábado, 27 de agosto de 2011

Carne e Osso

Alegria do pecado às vezes toma conta de mim
E é tão bom não ser divina

Me cobrir de humanidade me fascina
E me aproxima do céu

E eu gosto de estar na terra cada vez mais
Minha boca se abre e espera
O direito ainda que profano
Do mundo ser sempre mais humano

Perfeição demais me agita os instintos
Quem se diz muito perfeito
Na certa encontrou um jeito insosso
Pra não ser de carne e osso, pra não ser carne e osso

 
(Zélia Duncan)

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