Nem sei por onde começar, foram tantas emoções vividas e...não das melhores. Creio que nestes últimos dias pude experimentar todas as sensações humanas "descrevíveis" que se pode ter. Odisseu morreria de inveja de mim!
Embarque nessa aventura, que começou na quinta-feira quando sai do trabalho:
Combinei com um amigo novo, inteligente, engraçado e legal (virtudes que entram na minha prioridade de preferência) de irmos ao cinema assistir Alvim e os esquilos 2, não assistimos porque estava em cima da hora e a bateria da Viradouro tava no meu estômago. Resolvemos almoçar e assistir Sherlock Holmes, um puta filme, por sinal, mas não é o que interessa aqui no momento. Pois bem, na saída do cinema eis que recebo um telefonema inusitado e apavorante de uma amiga de priscas eras me pedindo socorro, pois sua mãe estava hospitalizada, com diagnóstico de câncer e precisando ser internada na UTI. Para isso, seriam necessários módicos R$10.000,00 de caução. Dinheiro que ela e a família não possuiam e que precisavam arranjar. A Angústia se abateu sobre mim, pois fui bastane ajudada por essa família quando necessitei. Apressei a ajuda e, pra encurtar a história, consegui R$1.500,00, na sexta-feira (19/02/2010), pois o restante seria dado em cheque.
O dinheiro, que seria entregue ao hospital na sexta-feira a noite não teve o destino informado, pois foi justamente aquela mãe, à beira da morte, "hospitalizada", quem atendeu meu telefonema quando liguei pra casa dela pra saber notícias, ou seja, havia sido enganada por uma pessoa que conhecia há anos, mas que não via há tempos. Fiquei possuída por uma espécie de raiva, angústia e decepção. Não deu outra, fui atrás da pilantra, que, pro seu azar havia me dito mais ou menos onde morava.
Sozinha pela rua eu espraguejava a desgraçada e, ao chegar no possível endereço constatei que lá não estava. Pensei: filha da puta, além de me enganar foi curtir o carnaval com a "minha" grana. Aspas porque tive de fazer empréstimos pra conseguir o dinheiro pra ajuda, quem me conhece sabe que não meço esforços pra ajudar os amigos. Enfim, meu instinto de mulher foi além e lembrou da existência de um bar na esquina da rua, pra onde olhei e enxerguei a vagabunda sentada a gastar o dinheiro da internação. Não contei conversa, fui até lá e cumprimentei-a com um sonoro e pesado tapa nas costas. Ela de branca ficou verde cor de merda. Obriguei-a a ir pegar a grana, mas não sem antes experimentar minha mão na cara da ordinária. Quem me conhece também sabe que não me habituei a levar desaforos pra casa, nem a perdoar... pois este não foi dado quando, de joelhos, a pilantra teve a cara de pau de me pedir perdão.
Tentou desculpar-se dizendo que estava devendo dinheiro a traficantes e que eles iriam matá-la. Lamento. Problema dela que não se preocupou com a própria vida. Não seria eu quem faria isso...
Depois de pegar o dinheiro fui embora e, qunado o sangue esfriou eu chorei feito uma condenada, de decepção, de raiva, de indignação por uma pessoa que se tranformou em alguém que já não conheço mais, que se trasmutou. Tudo bemq ue as pessoas mudam, mas eu nunca tinha visto algo parecido. Fiquei muito mal...
Tudo bem, de viagem marcada para Salinas decidi que não seria por isso que deixaria de ir, afinal era carnaval e Salinas é um lugar que adoro.
Tudo corria bem, até que na terça-feira dois elementos entraram na casa pulando o muro e nos abordaram, nos trancaram no banheiro e...fizeram a festa. Os detalhes são desnecessários, pois tudo mundo sabe o que acontece nessas horas. Depois que fomos dormir descobrimos que um raio e capaz, sim, de cair duas vezes no mesmo lugar, pois um dos carros foi arrombado. Meu Deus, que horror!
Voltamos pra Belém na quarta, verdadeiramente nas cinzas e, quando cheguei em casa descobri que um dos meus tios havia sofrido uma convulsão e a família inteira estava arrazada, pois o tio teve de ser hospitalizado às pressas.
Basta, imaginem como fiquei!
Ainda bem que, como cantou Los Hermanos "todo carnaval tem seu fim"!
E, como diria um twitter: "Bom dia por que?!"
Clau Soares
Clau, não sei nem o que te dizer. Estou arrasada com tudo que li. À amiga da onça, desejo que ela se torne a raposa (acho que era esse o animal) da historinha infantil em quem ninguém mais acredita e que um dia ela realmente precise e não encontre ninguém para lhe socorrer. Deus que me perdoe, mas é o que uma pessoa dessas merece...! Já é tão difícil, tão raro, encontrar pessoas assim como vc...
ResponderExcluirEnfim. Quanto ao assalto, eu desejo que você se recupere emocional e financeiramente o quanto antes. Infelizmente, esse quadro é bem comum, mas sei que - no fundo - a gente nunca imagina que pode acontecer com a gente.
Amiga, no que você precisar, sabe que pode contar comigo, né? Espero que ainda tenha meus contatos.
Beijos!!!!
É Flavinha, é dureza! Mas Deus me ajuda sempre, nunca me abandonou. Enfim,viva, crédula e feliz!!
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