"Acho que passaria perdido até três ou quatro portas
com passos arrastados até a tua,
pra cansar a vista em olhar três ou quatro horas
do teu pausar justificadamente cansado.
Mas é fraqueza, bem sei,
trabalhar com esse verbo enferrujado
no hipotético-passado-super-com-defeito.
Não ter andado essa rua é desculpa esculpida de outrora,
que agora já nem sei.
Não ter arriscado doer a mão com teu pesar,
dor de cabeça e alergia a sabão.
Ter aceitado uma colher verde de chá preto e um sorriso laranja,
uma noite carioca de mentira na TV,
um close de um sonho ao pé do Cristo no PC,
uma solução solícita de sorte solúvel dissolvida em Coca Cola,
esse tal solvente universal, pro nosso mútuo solitário final, de mais um belo dia".
Recebida em 25/02/2010, via celular
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Olha Clau...