Já vi um monte de gente da bancada do "politicamente correto" criticar a incrição em uma rede social. Perda de tempo, falta de necessidade, excesso de exposição são algumas das justificativas. Mas vamos ser sinceros, tem lugar melhor para reencontrar pessoas que você não via há anos e poder saber como andam suas vidas? Seja por curiosidade ou saudosismo a gente sempre encara esse Big Brother e "dá aquela espiadinha" no perfíl de quem nos interessa de alguma forma. Foi o que fiz ainda há pouco e...nossa, deu tanta saudade de gente que não vejo há tempos.Adicionei tantas pessoas com quem não tenho a facilidade de encontrar. Por exemplo, minha primeira patroa, carinhosamente chamada de tia Celeste, juntamente com suas filhas, que são pessoas maravilhosas e com quem adorei ter convivido um dia, antes de nossos caminhos tomarem rumos diferentes. Meu primeiro emprego, na Panificadora Pão da Humaitá, que ficava na rua de casa foi quem me fez ter vontade de ir além e começar a mudar minha situação. Todos alí tinham um coração grande e uma humildade que depois pra ter essas coisas tive que garimpar um bocado. Pelo Face também encontrei amigos da época de escola, no Paulino de Brito, que foram juntos comigo à Secretaria "prestar esclarecimento" sobre um inocente ovo jogado sem querer no professor de educação física que ficou impossibilitado de dar aulas (rá rá rá); amigos da época do convênio, no Impacto, quando eu era a goleira oficial da equipe de futsal feminino e fazia questão de me misturar com os meninos do CE (Ciências Exatas), àquela época ainda era dividido por área e eu era do CH (Ciências Humanas). Pra se ter uma ideia, a maioria dos meus amigos não eram da minha sala, que era infestada de mulheres (afe! Rsrsrs). Onde, senão no face, eu encontraria o meu primeiro namorado que hoje mora do outro lado da fronteira? Poderia até encontrá-lo, mas não com a mesma facilidade. Como, senão pelo face, eu resgataria telefones e telefones que foram perdidos junto com o último celular, o último chip que queimou, a última troca de operadora? Como, senão pelo Face, a gente tem a oportunidade de "roubar" aquela foto tirada na máquina do amigo que nunca seria compartilhada se você não tivesse um perfíl na rede? Sem contar as inúmeras coisas que você adoraria ter dito e quando percebe aparece no seu feed e você simplesmemte dá um "curtir" ou "compartilhar". Você reencontra parentes que graças à sua vida corrida por conta da maturidade não tem a facilidade de encontrar, e tem a chance de saber se a tia já melhorou de saúde, se o tio vai chegar do interior, se o primo foi fazer faculdade fora. Daí você pode desejar saúde, boas vindas, boa sorte. E o "feliz aniversário"? Ah, se não fosse o face. Você cresceu e sua memória tem ficado com cada vez menos espaço de tanto que foi ocupada pelo trabalho, pelos planos, pelos afazeres diários, pelos inúmeros enfins, e você é capaz de esquecer o seu próprio se ninguém lhe parabenizar. Graças a ele você parabeniza até os menos chegados só porque estão lá e um dia você aceitou sua solicitação de amizade. Você sacaneia seus amigos que postaram aquelas fotos bizarras da última farra. Você tem também a chance de bisbilhotar o perfíl daquele seu ídolo por quem nutre uma paixão platônica (Rick Bonadio que o diga!) sem ser caguetado pela visita ao perfíl do alheio. Você se distancia do seu cotidiano pra perder alguns minutos ou algumas horas pra checar seus recados, seus comentários, roubar fotos, procurar e ser encontrado, porque neste universo, o que menos se quer é o anonimato e... que me perdoem os chatos de plantão, mas eu curto pra caramba esse mundo desde os idos tempos de Orkut, que por sinal ainda tenho, porque lá tem fotos que não guardei em lugar nenhum mas, sempre que vou copiar, bate aquela preguiça e preferência pela nova rede.
Os meus livros? Ah, continuam lá povoando a minha estante, minha vida e me fazendo companhia na viagem ao trabalho. Existe um tempo pra cada coisa.
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Olha Clau...