sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sobre o telefonema

"O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, ele apenas tira o incurável do centro das atenções"

Ontem , no início da noite recebi uma ligação. A voz do outro lado me pedia um favor, e como não costumo negar essa coisas por medo de represálias, atendi. Depois de mais de 24h o telefone toca e o bina acusa o mesmo número. Como assim? Não deu certo ontem? Pensei.

- Oi caríssima...é...tudo bem? É que ontem eu tava com um pouco de pressa, cheio de coisas...mas..eu achei tua voz estranha ...tá tudo bem contigo?

Puta-que-pariu-ca-ra-lho!
Não tá mais.

Eu achando super o máximo ter conseguido trocar meia dúzia de palavras na base da naturalidade e "acho que te esqueci" e o cidadão percebe algo estranho no ar, e ainda pior, resolve ligar novamente pra perguntar se tá tudo bem. Santo Deus! Tem piedade de mim. Eu à cata de motivos pra jurar de pé junto que posso passar uma borracha nessa história já que já passou tanto tempo e outras pessoas já passaram por nossas vidas e somos apenas bons amigos e não há mais a menor chance de...enfim, ele se importa com o tom da minha voz.

Custava me aprontar uma daquelas bem cabulosas, igual ao cidadão do texto anterior e me fazer ficar 14 anos mordidinha? Acho que seria mais fácil. Mas não, a pessoa acha de se importar e alongar a prosa por mais de uma hora num papo tão agradável que aflige.

Por que o Rick não me salva dessa?!!!!!!!!!!!!! Rsrsrs

É sério, hiperbolismos à parte, eu adoraria que o motivo das três palavras tantas vezes repetidas não fizesse mais parte da minha vida.
#fail



2 comentários:

  1. Caixa de Skinner. Reforçando comportamentos (ele e também você), o ciclo nunca vai se fechar. Mas talvez nenhum dos dois queira isso. Afinal, uma porta aberta pode mesmo ser tão prejudicial assim? Pergunto.
    Bjs

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    1. Ai Flá, já não sei de mais nada, se é que algum dia soube.... Bjs

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Olha Clau...